Saída de Dagoberto deixa PDT livre de Puccinelli e aberto à negociação

O presidente municipal do PDT, vereador Paulo Pedra, confirmou o já sinalizado pelo novo presidente do PDT, deputado Felipe Orro: que o PDT não está aliado ao PMDB e segue livre para negociar o que foi melhor para o partido em 2014.

No comando do PDT, o ex-presidente, Dagoberto Nogueira, aproximou o partido do PMDB e chegou a se lançar vice na fracassada chapa com Edson Giroto (PMDB) na disputa pela Prefeitura de Campo Grande. A aliança desagradou muita gente dentro do próprio PMDB, contrários a aliança com Dagoberto, e do PDT, visto que o partido continuou do mesmo tamanho: com apenas um representante na Câmara.

“Não importa com quem: André Puccinelli, Delcídio Amaral (PT), Reinaldo Azambuja (PSDB), Zeca do PT, Nelsinho Trad… O PDT vai se aliar com quem tiver projeto de governo. Está aberto a negociar, mas não como sigla de aluguel ou com submissão”, garantiu.

Muita gente estranhou a aproximação repentina de Dagoberto, antes adversário ferrenho, com Puccinelli. Os dois chegaram a brigar judicialmente, mas fizeram as pazes da noite para o dia, em uma conciliação que também uniu Nelsinho ao maior adversário dele na Câmara, Paulo Pedra.

Mais estranha do que a aproximação foi a justificativa dada por Dagoberto. Ele informou que fez o acordo depois que Puccinelli passou a assediar filiados do PDT para tentar enfraquecer a sigla. Alegando que pensou em defender o PDT, Dagoberto “pediu água” e prometeu apoiar Puccinelli na candidatura ao Senado em 2014.

Otimismo

A expectativa é de que Felipe Orro deixe a presidência em dois meses e o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), João Leite Schimidt, assuma o partido novamente. Pedra está animado com a volta de Schimidt. O vereador recorda que há um ano Schimidt já avisava que Alcides Bernal (PP) seria o novo prefeito de Campo Grande.

O vereador avalia que o ex-conselheiro saberá negociar bem, trazer novas lideranças e fazer o partido crescer. Confiante, Pedra diz que com Schimidt no comando, vai até se candidatar a deputado estadual em 2014. Orro assumiu a presidência depois que Dagoberto Nogueira pediu afastamento. Ele alegou que precisou se licenciar para se dedicar a pré-candidatura a deputado federal.