O governador André Puccinelli (PMDB) ironizou as críticas do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) e de alguns prefeitos que cobraram participação na elaboração de projetos do MS Forte, a ser lançado no dia 15 de agosto. O deputado federal Reinaldo Azambuja ressaltou que os recursos serão conquistados por meio de empréstimo, o que obriga o Governo a pelo menos ouvir os administradores, para não correr o risco de lançar obras questionáveis, citando como exemplo o Aquário do Pantanal.
“Quando for outra gestão, diferente de nós, quem sabe ele mude a legislação federal e saiba, se for suficientemente inteligente e competente, que precisa-se apresentar plano de trabalho antecipado para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aceito ou não”, ironizou.
O governador informou que vai fazer o lançamento do pacote no dia 15 e agosto e que contempla todas as exigências, incluindo componente social, como hospital e faculdades e investimentos na produção, aumentando a riqueza de empresários e do Governo, por meio de arrecadação.
Puccinelli também afirmou que é o único governador que conseguiu tirar do papel o plano de fazer recape dentro do perímetro urbano dos municípios. Segundo ele, até o momento o Governo do Estado recebeu R$ 100,6 milhões dos R$ 1,2 bilhão em empréstimo. Porém, a maioria dos projetos está licitado. Entre os pendentes ele citou o hospital de Três Lagoas, que ainda falta terminar projetos.
Em entrevista ao Midiamax o deputado Reinaldo Azambuja criticou a postura de Puccinelli na criação do projeto. Ele entende que se o governador não escutou a sociedade, a medida é, no mínimo, antidemocrática. “Se o pacote está fechado, não é democrático, porque não discutiu com a sociedade ou com os prefeitos e saiu da cabeça de alguns iluminados que estão no Governo. Os mesmos que entenderam que fazer um aquário é bom para a população do Estado”, criticou.
O presidente da Assomasul, Douglas Figueiredo (PSDB), disse à reportagem que já entrou em contato com o governador, mas ainda aguarda uma agenda. Todavia, saiu em defesa de Puccinelli, dizendo que ele tinha prerrogativa de fazer o projeto, sem ter que dar satisfação.