Presidente da Câmara minimiza protesto e diz que PMDB poderia ter dois representantes na CPI
Mesmo tendo participação decisiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) montada na Câmara, quando barrou, por exemplo, a vereadora Luiza Ribeiro (MD), o presidente da Câmara, vereador Mário César (PMDB), nega privilégios ao grupo político dele. Questionado sobre toda a costura que acabou entregando a presidência da Câmara e a relatoria para o grupo do […]
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Mesmo tendo participação decisiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) montada na Câmara, quando barrou, por exemplo, a vereadora Luiza Ribeiro (MD), o presidente da Câmara, vereador Mário César (PMDB), nega privilégios ao grupo político dele.
Questionado sobre toda a costura que acabou entregando a presidência da Câmara e a relatoria para o grupo do PMDB, o presidente negou irregularidades, justificando que se quisesse, poderia ter indicado dois representantes do PMDB para a comissão e não usou desta prerrogativa.
Mário afirma que com cinco vereadores na Casa, o PMDB poderia indicar dois integrantes, já que três ocupariam uma vaga e os outros dois brigariam pela outra com partidos que também têm dois representantes, que é o caso do PSL, PSDB, PR e PP. Porém, optou, segundo ele, por escolher alguém do grupo do prefeito, no caso o vereador Cazuza (PP).
Mesmo após toda a costura, que envolveu até reunião na casa dele com Nelsinho e André Puccinelli (PMDB) antes da indicação dos nomes, o presidente insiste em dizer que usou o regimento em todas as situações. Indagado sobre a possibilidade de ter usado de acordo de liderança para garantir, por exemplo, a participação de Luiza, o vereador preferiu dizer que Campo Grande nunca teve uma CPI e, por isso, preferiu não arriscar, seguindo jurisprudência que impedia a indicação feita pelo PT.
Com três integrantes, o grupo ligado ao ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), está comandando a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar irregularidades no Hospital do Câncer e Hospital Universitário. A descrença ficou ainda maior quando o grupo usou da prerrogativa de ter a maioria para eleger o presidente, ex-líder de Nelsinho, Flávio César (PTdoB), e a relatora, presidente do PMDB em Campo Grande, vereadora Carla Stephanini. Eles chegaram ao posto coma ajuda do vereador Coringa (PSD), em um placar de três a dois contra Alex do PT e Cazuza (PP).
Nesta terça-feira (14) a comissão realiza a primeira reunião de trabalho. Na ocasião o vereador Coringa disse que apresentará um pedido para que a CPI se estenda a Santa Casa. Ele acredita que não terá dificuldade, visto que contará com o apoio dos vereadores Alex do PT e Cazuza.
No PMDB a proposta não foi bem recebida. O líder do partido, vereador Vanderlei Cabeludo, disse que acha a ideia válida, mas entende que por enquanto a CPI deve se focar em investigar os dois hospitais. “Por enquanto não se deve perder tempo, pois já estamos atrasados. Já foi decidido pela casa ser só dos dois”, opinou.
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