PMDB quer comissão e vereador diz que protestos fazem parecer que há algo a esconder

O presidente da Câmara, vereador Mário César (PMDB) declarou que o partido é totalmente favorável a abertura da comissão processante que pode cassar o mandato do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). Segundo o vereador tanto movimento contra o andamento da comissão na Casa de Leis está causando a impressão de que tem alguma […]

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O presidente da Câmara, vereador Mário César (PMDB) declarou que o partido é totalmente favorável a abertura da comissão processante que pode cassar o mandato do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). Segundo o vereador tanto movimento contra o andamento da comissão na Casa de Leis está causando a impressão de que tem alguma coisa para ser escondida. Os peemedebistas desde o início deixaram claro que são favoráveis a comissão, justificando que há elementos suficientes para a cassação do prefeito.

Mário César declarou que tem que haver a comissão até porque a câmara avançou nas investigações com a CPI do Calote. “Os vereadores tiveram bastante trabalho, ações e é preciso criar essa comissão até para saber se vai processar o prefeito. Nesse ínterim tem que pegar todas as coisas consideradas, o requerimento, dar o direito de resposta para quem está sendo investigado e se ao final, tudo estiver a contento, a comissão pode apresentar um relatório pedindo a cassação, mas quem vai decidir se cassa o mandato não é a comissão e sim o plenário mais uma vez”, explicou.

O presidente da câmara fez questão de ressaltar apesar de o processo ter conotação política, todo o rito tem que ser respeitado. “Se não existisse nenhum embasamento jurídico porque não se resolveu abrir a comissão logo? Abre e se não tem, não vai dar nada. Essas manifestações estão dando a impressão de que se tem esse movimento todo contra é porque deve ter alguma coisa sim”, disse.

Já Vanderlei Cabeludo (PMDB) lamentou a ausência do vereador do PR, Dr. Jamal e disse que se não fosse por isso essa novela já tinha sido resolvida hoje mesmo. “Sou a favor da comissão sem dúvida. Estávamos unânimes em 19 parceiros e se o Jamal tivesse aparecido isso já teria acabado. Lógico que Campo Grande está com problemas a gente vê a olho nu e isso quem está falando não é vereador é o povo que nos encontra na rua e quer saber quando o Bernal vai sair da prefeitura. É uma vergonha a cidade continuar do jeito que está”, afirmou.

Edil Albuquerque (PMDB) também se manifestou extremamente favorável. “Claro que tem que ter a comissão. Sou a favor da abertura e se houver alguma contestação a Justiça está ai para resolver. O argumento de que não tem embasamento jurídico não é aceitável. Qual a razão de ter uma CPI? De ter todo esse trabalho em termos de depoimentos de empresários, envolvimento de pessoas? Isso tudo é muito grave”, declarou.

A vereadora Carla Stefanini disse que a bancada vota unida e que há elementos suficientes para a abertura da comissão. “A CPI foi contundente. Restou evidenciado que existem iregularidades e os exemplos são a Mega Serv, Jagas, Salute. A precariedade dos serviços públicos hoje é muito grande, além de que há uma descontinuidade administrativa, inércia e precariedade nas ações da prefeitura. A abertura da comissão é uma questão de responsabilidade nossa que fomos eleitos para legislar e também fiscalizar”, avaliou.

A reportagem tentou entrar em contato com o vereador Paulo Siufi (PMDB), contudo não obteve sucesso. Siufi foi o presidente da CPI do Calote que verificou irregularidades quanto a pagamentos de fornecedores da prefeitura e sempre se posicionou publicamente favorável a abertura da comissão processante.

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