A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) acredita que o supersecretário Gustavo Freire – demitido do cargo federal de auditor fiscal pelo ministro da Fazenda Guido Mantega – deve ser substituído pelo prefeito ainda essa semana. Segundo Luiza, esse é um processo que se iniciou na última sexta-feira, quando Freire entregou a carta, colocando os cargos de secretário de Receita e Governo à disposição.

Na avaliação da vereadora, não há como a demissão de Freire da municipalidade ser feita de forma imediata. Para ela, mesmo com a demissão por improbidade no serviço público federal, é preciso um certo tempo para afastá-lo.

“O processo da substituição do secretário, iniciou na sexta com pedido de demissão que apresentou ao prefeito, colocando o cargo à disposição. Agora, para substituir, para Bernal decidir, ele precisa fazer isso com o tempo certo, é uma secretaria importante, tem que deixar a maquina funcionando”, explicou.

Questionada se a acusação de improbidade não seria grave o suficiente para uma demissão imediata, Luiza desconversou. “Tem que ter respeito ao servidor. As coisas não são assim. Nesse sentido, que eu falei na semana passada que deveria colocar a disposição o cargo e foi o que manifestou para o prefeito. Não posso colocar prazo para ninguém. Só tenho autonomia dentro do meu gabinete”, encerrou.

Demissão

A demissão do supersecretário do cargo de auditor da receita federal foi publicada na última quinta-feira no . Ele foi acusado de valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem em detrimento da dignidade da função pública. Com a demissão, Gustavo Freire também enfrentará restrição ao retorno ao serviço público federal.

Freire responde processo na Justiça Federal de MS por fraude. A acusação é da época em que atuava em como auditor da receita federal. Ele, um empresário e dois despachantes aduaneiros são acusados de receber e pagar propina para a liberação de cargas de uma refinaria de petróleo sem o pagamento de tributos ou marcação de mercadoria. O prejuízo à União ultrapassa R$ 1 milhão. O processo está concluso desde março, na 1ª Vara federal de Corumbá, aguardando decisão.