O presidente regional do PMDB, deputado estadual Junior Mochi declarou que a comissão processante instalada na câmara para investigar denúncias contra a administração do prefeito (PP) não terá um fim onde todos se salvam. Para o parlamentar, qualquer que seja um novo acordo, um dos lados vai ficar desmoralizado perante a sociedade.

Na avaliação de Mochi, as denúncias levantadas pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que fez um amplo trabalho, devem seguir seu rito. Ele lembra que a CPI não tinha poder condenatório, ao contrario da processante que agora julga atos da administração.

“Não tem sentido. Cria uma CPI, investiga, apura os fatos. Obviamente a CPI não tem caráter condenatório, tem investigativo. Agora a (comissão) processante tem e a pena vai ser aplicada por ela”, explica.

Sobre o resultado, o parlamentar adiante que a criação de uma CPI é muito séria e que ao final um dos lados vai acabar mal nessa história. “Qualquer que seja o novo acordo, para a sociedade fica um ‘ah, então tudo aquilo que se falou estava errado?'. Tem que se pensar muito antes de criar uma CPI por conta disso. A CPI trouxe as provas e a processante vai avaliá-las. Agora, ou desmoraliza a câmara, ou cassa o mandato do Bernal”, disparou.

Questionado se não teria outra saída, Mochi voltou a afirmar que se comprovadas as denúncias, a câmara cassa Bernal sob pena de se desmoralizar. “Se comprovadas as irregularidades, e elas prevêem a sanção punitiva correspondente a perda de mandato, a câmara não tem, na minha avaliação, sob pena de se desmoralizar , outro caminho, a não ser cassar”, finalizou.

O prefeito enfrenta uma comissão processante que pode cassar seu mandato, após denúncia formulada pelo advogado Luiz Pedro Gomes Guimarães e Raimundo Nonato de Carvalho, com base nas irregularidades apontadas na CPI da Inadimplência. O advogado de Bernal entregou a defesa na última quinta-feira à comissão, que agora tem cinco dias para elaborar o relatório e colocá-lo em julgamento na Casa de Leis.