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Na primeira semana, oposição mantém artilharia contra Bernal e Câmara vira palanque

A paz anunciada entre o presidente da Câmara de Campo Grande, Mário César (PMDB), e o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), na primeira sessão legislativa do ano ficou só no papel. Na primeira semana de trabalho, embora insistam em dizer que não farão oposição por oposição, os vereadores eleitos na coligação de Edson […]

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A paz anunciada entre o presidente da Câmara de Campo Grande, Mário César (PMDB), e o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), na primeira sessão legislativa do ano ficou só no papel. Na primeira semana de trabalho, embora insistam em dizer que não farão oposição por oposição, os vereadores eleitos na coligação de Edson Giroto (PMDB) mantiveram artilharia contra o prefeito.

A primeira mostra, segundo aliados de Bernal, foi o trabalho feito para limitar a atuação da base. Liderados pelo principal opositor a Bernal, vereador Airton Saraiva (DEM), os vereadores ligados ao ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e ao governador André Puccinelli (PMDB) limitaram a participação de vereadores na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Segundo o líder do prefeito, Alex do PT, opositores só abriram uma vaga para aliados de Bernal, o mesmo que nada. Para garantir a apreciação de algum projeto, os vereadores precisariam de pelo menos duas vagas, o que foi rejeitado por opositores. De quebra, vereadores elegeram Saraiva, presidente da comissão e o sobrinho de Nelsinho, Otávio Trad (PTdoB), vice-presidente.

Na frente das câmeras, os vereadores negam problemas, mas a comemoração diante da saída de aliados de Bernal das comissões evidenciando o que Bernal lamenta diariamente por meio da rede social: que alguns parlamentares querem ganhar na Câmara a eleição perdida no voto em outubro, quando Giroto foi derrotado de forma acachapante: 62,55% contra 37,45%.

Nesta quinta-feira (21), um dia depois de Bernal apelar para os aliados terem paciência e buscar o diálogo, os vereadores voltaram a usar a tribuna da Câmara para fazer críticas ao prefeito. Saraiva disse que Bernal não dialoga com os vereadores e que tenta criticar a Câmara para esconder a situação da prefeitura, que está parada.

No mesmo tom que Saraiva, a vereadora Carla Stephanini (PMDB) utilizou a tribuna para defender 26 diretoras comissionadas exoneradas por Bernal. O líder de Nelsinho na Câmara, vereador Flávio César (PTdoB), chegou a solicitar que a secretária de Assistência Social, Thais Helena (PT), vá à Câmara para prestar esclarecimentos.

O vereador Zeca do PT discordou da oposição e lembrou que parecia até que se tratava de servidores de carreira, quando na verdade a questão envolvia comissionados. A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) avaliou que a situação atual da Câmara é de choradeira, onde o prefeito reclama de vereadores e parlamentares choram por comissionados demitidos. “É a política. Política é isso. Não tem que ficar chorando”.

Em meio a tanta briga, o vereador Carlão (PSB) chegou a avaliar que o prefeito pode encontrar dificuldade se não abrir diálogo com a Câmara e correr risco de não conseguir aprovar a reforma administrativa pretendida. O vereador entende que o prefeito precisa dar nomes aos bois quando fizer críticas, para não atingir toda a Câmara.

Em resumo, na primeira semana as discussões de projetos e problemas da cidade deram espaço a interesses políticos na Câmara. Em continuidade a campanha eleitoral, vereadores preferiram utilizar a tribuna para comentar especulações de presidentes de partidos ou responder a comentários feitos em redes sociais em vez de apresentar soluções para problemas da Capital.

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