Liderança relaciona ‘descontrole’ de vereador a familiares e salário alto

O presidente do Movimento Nacional de Luta pela Moradia e um dos líderes de protestos na Câmara de Campo Grande, Abílio Borges, garantiu, durante reunião com conselheiros no fim de semana, que não foi responsável pelo arremesso de moedas em vereadores no protesto ocorrido na Câmara na terça-feira (8). Abílio afirma que a distribuição de […]

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O presidente do Movimento Nacional de Luta pela Moradia e um dos líderes de protestos na Câmara de Campo Grande, Abílio Borges, garantiu, durante reunião com conselheiros no fim de semana, que não foi responsável pelo arremesso de moedas em vereadores no protesto ocorrido na Câmara na terça-feira (8).

Abílio afirma que a distribuição de moedas, que depois foram arremessadas contra vereadores, partiu de uma mulher que não estava sob responsabilidade dele. Ele justifica que quando viu o vereador Waldecy Chocolate (PP) saindo amparado por colegas, até pensou que ele tinha sido atingido por um soco no rosto, o que não aconteceu

Para justificar o que chamou de “descontrole emocional” do vereador Chocolate, Abílio tentou relacionar o problema a deficiência dos irmãos. “Ele tem três irmãos deficientes e muitos doentes na casa dele”, disse Abílio, que também relacionou o “descontrole” a mudança repentina na vida do vereador, dizendo que ele ganhava mil e poucos reais e agora recebe R$ 10 mil como vereador eleito. “Imagine a cabeça deste menino né”, analisou.

Na terça-feira o vereador Waldecy Chocolate saiu aos prantos da Câmara depois que manifestantes atiraram moedas contra ele e alguns vereadores. Ele justificou que chorou ao ver a situação que as pessoas se encontravam. “Passou um filme na minha cabeça quando vi aquelas pessoas, principalmente crianças, sendo usadas. Não fui eleito para ver as pessoas sendo usadas”, declarou.

Chocolate contou que viu funcionários da prefeitura em meio às pessoas que protestavam. Na ocasião, os vereadores votariam a abertura ou não de uma comissão processante para investigar atos de improbidade administrativa do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal. Com isso, o administrador municipal poderia perder o mandato e ser cassado pelos vereadores.

O vereador Waldecy Chocolate terá um dos votos decisivos na sessão desta terça-feira (15), quando os vereadores vão votar a abertura de comissão processante. Ele e a vereadora Rose Modesto (PSDB) já pertenceram a base do prefeito, mas foram se afastando com o tempo. A dupla ainda não revelou o voto, mas garantiu que fará o melhor para a população.

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