Líder de Bernal cobra responsabilidade de Nelsinho e menos demagogia da oposição

O debate esquentou mais uma vez na Câmara de Campo Grande na manhã desta quinta-feira (28). Desta vez a discussão foi motivada pelo impasse entre a Câmara e a Prefeitura de Campo Grande por conta do projeto de lei que reduz para 30 horas semanais a jornada de trabalho dos enfermeiros e dos assistentes sociais. A […]

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O debate esquentou mais uma vez na Câmara de Campo Grande na manhã desta quinta-feira (28). Desta vez a discussão foi motivada pelo impasse entre a Câmara e a Prefeitura de Campo Grande por conta do projeto de lei que reduz para 30 horas semanais a jornada de trabalho dos enfermeiros e dos assistentes sociais.

A prefeitura alega que o ex-presidente da Câmara, Paulo Siufi (PMDB), atropelou o regimento ao promulgar o projeto na última sessão do ano, antes do prazo necessário. Além disso, alega que não teria condições de contratar o número de servidores necessário para cumprir a lei. O processo está no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).

O autor da proposta, vereador Paulo Siufi (PMDB), foi o primeiro a falar após explanação de representantes da enfermagem e de assistentes sociais. Ele negou que tenha adiantado o processo e disse que o ex-prefeito, Nelsinho Trad (PMDB), se calou, o que o fez sancionar o projeto. “O Nelsinho silenciou. O problema é dele. A lei é minha e eu promulguei”, justificou para os colegas.

O vereador explicou que o projeto é necessário por conta do stress das profissões, onde os problemas sempre acabam sobrando para os funcionários, que em sua maioria cumprem dupla jornada de trabalho. Ele criticou o prefeito Alcides Bernal, dizendo que ele deveria colocar os profissionais em primeiro lugar, como dizia o slogan da campanha dele.

O líder do prefeito, Alex do PT, não gostou das criticas e cobrou a responsabilidade da gestão passada. Ele questionou se os servidores tinham cobrado Nelsinho Trad (PMDB) nos oito anos que ele esteve à frente da prefeitura.

“Era um médico. Conhecia a realidade da saúde e a importância da enfermagem. Vocês tiveram alguma audiência”, questionou. “Tiveram oportunidade para valorizar e em oito anos não fizeram. O prefeito anterior ao Nelsinho (André Puccinelli-PMDB) também era médico. A valorização tem que acontecer de verdade. Tiveram a oportunidade e não fizeram. Vamos resolver, mas sem demagogia e oportunismo”, acrescentou.

Alex lembrou que foi o único vereador a participar da passeata dos enfermeiros na busca das 30 horas semanais e sugeriu a criação de uma comissão para resolver o impasse, de uma maneira que não cause danos para os servidores e para a prefeitura.

A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) lembrou que foi responsável pela Fundação Social do Trabalho (Funsat) na gestão de Nelsinho Trad e que teve que brigar muito para que o prefeito aceitasse reduzir a jornada de trabalho dos servidores para seis horas. “Ele achava que diminuir a jornada seria um retrocesso. Mas, nós melhoramos a qualidade do trabalho”, disse a vereadora, lembrando que é preciso diálogo e levar em conta a dificuldade em repor imediatamente a ausência de servidores. 

O vereador Elizeu Dionizio (PSL) enviou um ofício ao prefeito Alcides Bernal para solicitar que a lei seja cumprida enquanto o TJMS não dá parecer sobre a constitucionalidade do projeto.

Em entrevista ao Midiamax no dia 12 de fevereiro o prefeito alegou que as dificuldades criadas iludem o trabalhador e prejudicam a própria população, já que a redução da jornada de professores, somada a enfermeiros e assistentes sociais, fará, em meio à crise financeira, a prefeitura contratar 1.500 novos funcionários.

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