Após traição e isolamento no PMDB sul-mato-grossense, o deputado federal (PMDB) afirmou, nesta quinta-feira (24) ao Midiamax, que até outubro decidirá se troca de partido para concorrer a reeleição em 2014. Ele ainda disparou duras críticas ao atual presidente da sigla em Dourados, deputado federal Geraldo Resende (PMDB).

“Tenho até outubro deste ano para decidir”, comentou em entrevista por telefone sobre seu futuro político. No de junho de 2012, após o PMDB de Dourados mudar de ideia e rejeitar o projeto de candidatura própria à prefeitura, Marçal declarou deixar o PMDB. “Na hora, fiquei realmente chateado”, disse.

Passada a mágoa, Marçal segue inconformado com os correligionários sul-mato-grossenses, mas reflete sobre sua saída por conta de seu bom relacionamento com a direção nacional da legenda.

“Além dos relacionamentos que tenho com o PMDB aqui de Dourados e no Estado, eu tenho bons relacionamentos em nível federal, por exemplo, com o , que é uma pessoa que eu conheço desde que cheguei à Câmara, em 1996”, comentou.

Para Marçal, além de traí-lo, o PMDB local agiu com incoerência. “Criticam o atual prefeito (Murilo Zauith – PSB) e depois indicam o vice, não vou respeitar isso nunca”, comentou sobre a decisão do partido de derrubar sua candidatura a prefeito para apoiar Murilo.

Passado o pleito, o PMDB de Dourados elegeu novo diretório e isolou o parlamentar ainda mais. “Até outubro vou observar como o PMDB vai me tratar, porque aqui em Dourados me tratou muito mal, me traiu, fez um diretório na mão de uma pessoa só”, disse Marçal, fazendo menção à eleição do deputado federal Geraldo Resende para comandar a sigla.

Segundo o Marçal, o dirigente, depois de pleitear a vaga de candidato a prefeito, foi um dos defensores do fim do projeto de candidatura própria para se aliar a Murilo.

“Alguém que fazia críticas duríssimas ao prefeito, que tem ações de improbidade contra o prefeito, por exemplo, da pintura dos prédios aqui de Dourados, como entra com ações com o cara e depois fica do lado dele?”, questionou.

Apesar das críticas ao comportamento do PMDB local, Marçal ponderou também que ainda não decidiu pela saída do partido por acreditar que em 2014 a postura poderá ser outra. “O atual diretório está ocupando cargos na prefeitura, mas não posso focar meus olhos só nisso, até mesmo, porque não deve influenciar na eleição estadual”, concluiu.