Em sessão quente, vereadores batem boca e ‘esquecem’ passado
Os vereadores de Campo Grande não aliviaram e se estranharam durante toda a sessão desta terça-feira (21). Trocas de acusações e passados “esquecidos” são exemplos de momentos tensos nesta manhã, enquanto os parlamentares discutiam projetos de reajustes dos servidores públicos municipais. A primeira rusga foi entre os parlamentares Elizeu Dionízio (PSL) e Zeca do PT. […]
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Os vereadores de Campo Grande não aliviaram e se estranharam durante toda a sessão desta terça-feira (21). Trocas de acusações e passados “esquecidos” são exemplos de momentos tensos nesta manhã, enquanto os parlamentares discutiam projetos de reajustes dos servidores públicos municipais.
A primeira rusga foi entre os parlamentares Elizeu Dionízio (PSL) e Zeca do PT. O primeiro afirmou, durante o voto no projeto do reajuste, que os vereadores da base aliada do prefeito Alcides Bernal (PP) ficaram “muito tempo discutindo” as propostas e teriam atrasado a votação.
De imediato, Zeca rebateu Dionízio e afirmou que o parlamentar, como parte da oposição, estaria sendo “oportunista, tentando jogar a população contra os vereadores” da base aliada, já que o auditório da Câmara estava lotado de servidores. Dionízio ficou indignado e pediu que Zeca tirasse o termo “oportunista” da fala, e dos registros da sessão.
“Me recuso a retirar a fala, vocês desrespeitam todos os dias a Luiza (Ribeiro, vereadora do MD), e não retiram nada”, disparou Zeca.
Pontos de vista
Zeca ainda foi um dos envolvidos em outro momento, no mínimo, diferente na sessão desta terça. Ao votar o projeto de reajuste, o petista afirmou que é grato à democracia, “que permitiu que os servidores aguardassem 20 anos até que quem estava esmagando os trabalhadores saíssem, e hoje pudéssemos votar esse reajuste”. O parlamentar foi aplaudido pela platéia, composta na maioria por servidores públicos.
A mesma platéia não foi tão receptiva com Paulo Siufi, vereador do PMDB. Ao ouvir a palavra de Zeca, o parlamentar pediu a voz. “Tenho orgulho desses 20 anos de PMDB”, discursou, recebendo uma sonora vaia dos servidores.
Passado, pra que te quero!
Falas de vereadores causaram estranheza na Câmara Municipal. Primeiro, Paulo Siufi (PMDB), encheu os pulmões na hora de votar a favor de bônus salarial de insalubridade dos servidores, e aproveitou para alfinetar a base aliada de Bernal.
“Nada como um dia atrás do outro, quem era oposição antes agora vota contra (o projeto de insalubridade)”, afirmou Siufi, que, misteriosamente, esqueceu que presidiu a Câmara no mandato passado, época em que a insalubridade nem entrava em pauta.
Outra a esquecer os anos de vida pública foi Grazielle Machado (PR). “Nunca antes votamos um projeto que incluísse os fonoaudiólogos nos plantões”, discursou, ao aprovar projeto que inclui a classe. A vereadora está há anos na Câmara, período em que a “reivindicação” nunca foi colocada em pauta.
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