Conselheiros ameaçam ir ao MP e às ruas caso não haja comissão processante contra Bernal

Conselheiros das regiões de Campo Grande e representantes de associações de moradores entregaram na tarde desta segunda-feira (14) uma carta aberta aos vereadores pedindo que os parlamentares levem adiante a investigação que iniciou com a CPI do Calote e abram a comissão processante. Para eles, as denúncias resultantes da CPI precisam ser urgentemente esclarecidas. De […]

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Conselheiros das regiões de Campo Grande e representantes de associações de moradores entregaram na tarde desta segunda-feira (14) uma carta aberta aos vereadores pedindo que os parlamentares levem adiante a investigação que iniciou com a CPI do Calote e abram a comissão processante. Para eles, as denúncias resultantes da CPI precisam ser urgentemente esclarecidas.

De acordo com a vice-presidente da União Municipal de Associação de Moradores, Claudia Arguelho, para elaborar essa carta os conselheiros estiveram na sexta, sábado e domingo do feriado do saco cheio, andando pelos bairros das regiões, de casa em casa para ver o que a comunidade espera. “O que ouvimos foi que querem a abertura da comissão, senão não estaríamos aqui”, destacou.

Na opinião do presidente do conselho da região do Bandeiras, José Humberto, se tem irregularidades tem que ser apurado. “E estamos aqui para pedir que os vereadores não se omitam. Votem e se forem contra essa apuração eles vão pagar. Nós vamos no MPE questionar porque votaram contra”, frisou.

Para o conselheiro da região urbana do Segredo, Nelson Pereira de Almeida, a prefeitura está tentando descredibilizar os conselheiros. “Querem tirar a força que temos nas comunidades. Na região do Segredo somos 50, mas tem apenas 12 conselheiros indo nas reuniões. Isso porque o prefeito não tem cumprido nada, marcou com a gente três vezes e não fez o que falou que ia ser feito. Ai chamou essa meia dúzia de gato pingado e fez reunião oferecendo cargos nessa coordenadoria de conselhos”, reclamou.

Conforme o presidente do conselho da região do Imbirussú, o documento entregue aos vereadores representa o anseio de toda a população campo-grandense.

“Somos 480 conselheiros regionais e temos mais ainda 40 conselhos municipais, fora o de segurança. Não tem briga política. Tem briga de cidadania. A gente tem que ver que se houve uma falha e que atingiu meu filho lá no ceinf com falta de alimento, com mau atendimento no posto de saúde, com obras de ceinf paradas mesmo com recurso federal em caixa, tem que investigar, custe o que custar. Nós aqui representamos 400 mil pessoas e todos que assinaram a Carta englobam toda a cidade, quase um milhão de pessoas”, declarou.

No documento os conselheiros afirmam que caso seja tomada a decisão contrária ao pedido pela investigação da comissão processante, eles irão ao MPE, para que cobre da Casa de leis a responsabilidade e estarão se preparando para que de forma organizada ir as ruas pedir explicações da câmara e da prefeitura.

Para o presidente da Casa de Leis, vereador Mário César (PMDB), o prefeito Alcides Bernal (PP) está fazendo tempestade num copo d’água.

“Bernal tem que ver que a comissão é pra ele ter direito de explicar as acusações e não uma cassação. No lugar dele faria isso, para dar tranquilidade do ponto de vista legal do mandato como um todo. O PMDB é favorável a abertura da comissão, mas o relatório vai ser submetido ao plenário, por isso temos que obedecer os ritos. Essa Carta só mostra que estamos fazendo um trabalho sério e com respaldo da população”, finalizou.

Já existe

O conselheiro Elvis do Imbirussú ressaltou que o que Bernal está querendo criar uma coordenadoria em troca de cargos, que já existe. A Caoc (Coordenadoria de Apoio aos Órgãos Colegiados) ligada a Planurb, faz esse papel e deveria ser estruturada.

“Ao invés de fazer esse trabalho de estruturação, ele simplesmente criou um decreto que existia criando coordenadoria para aumentar cargos. Isso é dinheiro publico, é dinheiro nosso”, declarou.

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