O prefeito de Campo Grande, (PP), nega que tenha relação com o afastamento do presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Mário César (PMDB), que chegou a ficar afastado do cargo por dois dias nesta semana por suspeita de troca de votos por combustível.

Questionado sobre as insinuações do vereador Paulo Siufi (PMDB), que chegou a perguntar se um vereador da base do prefeito teria o mesmo tratamento dado a Mário, Bernal minimizou. “Isso é fofoca. O processo tramita desde a eleição, mas respeitou o prazo do Judiciário. Esta insinuação não merece nenhum crédito”, avaliou.

Evitando polêmica, o prefeito não quis fazer comentário sobre a decisão dos vereadores de manterem Mário César no cargo, mesmo com o mandato aguardando decisão judicial. “Se pode ou não ou se desgasta ou não, não vou meter o bico. Tem uma decisão jurídica que permitiu que ele continuasse”, disse.

O vereador declarou que como prefeito não deve e nem vai dizer se ele tem que ficar ou não. Ele ressaltou que cabe aos vereadores, que também são observados pela população, decidir o que fazer. “Os vereadores que têm que saber se o Mário tem ou não condição de continuar. A Justiça decidiu que ele pode continuar. Agora, cabe aos vereadores decidir se ele reúne ou não condição política necessária”, concluiu.

Mário César foi afastado na terça-feira (25) pela juíza Elisabeth Rosa Baish, da 36ª Zona Eleitoral, por suspeita de compra de votos por meio de doação de combustível. Porém, na quinta-feira (27) conseguiu liminar para permanecer no cargo até que o caso seja julgado pelo TRE. O vereador Mário César foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações.