Bernal diz receber campo minado e precisará contratar 1.500 funcionários

Bernal diz que encontrou uma prefeitura em estado de abandono, escondida em uma maquiagem feita com muita propaganda.

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Bernal diz que encontrou uma prefeitura em estado de abandono, escondida em uma maquiagem feita com muita propaganda.

O prefeito Alcides Bernal (PP) se diz tranquilo após 40 dias à frente da Prefeitura de Campo Grande. A tranquilidade, segundo ele, é movida pela consciência de que a população está observando o trabalho dele e sabe que a maioria das críticas é de derrotados que não conseguem engolir a vontade do povo.

“Melhoramos o atendimento na saúde e aumentamos o número de médicos e enfermeiros. Estamos resolvendo problema de obras que não têm qualidade… Encontramos cratera em avenida recém-asfaltada e obras feitas de isopor, frágeis e sem qualidade. Deixaram de fazer a prevenção exigida pelos técnicos de saúde, que deveria ser feita em maio do ano passado e não fizeram nada. Triplicamos o número de agentes, abrimos unidades que fechavam no final de semana, criamos a Unidade Móvel do Saúde em Ação. Algo inédito que até a Dilma (presidente Dilma Rousseff-PT) pode implantar em todo o País. Estou com a consciência tranquila de que estou fazendo o máximo possível”, avaliou.

O prefeito diz que encontrou uma prefeitura em estado de abandono, escondida em uma maquiagem feita com muita propaganda. “As pessoas viam os comerciais e tinham a impressão que estava tudo bem e maravilhoso. Encontramos uma série de bombas, que transformaram a nossa administração em um campo minado”, explicou.

Bernal afirma que a antiga administração gastou R$ 400 milhões em pagamentos de serviços e obras só em dezembro de 2012. O gasto, somado aos diversos comprometimentos do orçamento, criado com projetos aprovados no final de mandato na Câmara, dificultou a administração e fez os novos secretários enfrentarem dificuldade.

“Fizeram um efeito cascata para despesas do cofre municipal. Criaram uma situação constrangedora com profissionais da saúde, fazendo um projeto de lei demagógico, criando a necessidade de contratação de enfermeiros, reduzindo a carga horária deles. Quem deveria apresentar o projeto é o Poder Executivo. Não fizeram para agradar trabalhadores, mas sim para prejudicar e criar clima de descontentamento. No último ano? Inventaram mais para prejudicar a administração pública do que para fazer o que está sendo feito. O Nelsinho (ex-prefeito Nelsinho Trad-PMDB) se manteve calado e o Siufi (vereador Paulo Siufi-PMDB), sem o prazo de 15 dias para sancionar, no último dia do ano passado, antes do prazo vencido, promulgou a lei”.

O prefeito alega que as dificuldades criadas iludem o trabalhador e prejudicam a própria população, já que a redução da jornada de professores, somada a enfermeiros e assistentes sociais, fará, em meio à crise financeira, a prefeitura contratar 1.500 novos funcionários.

“O problema maior é que ele deu amento para quase todos os funcionários. Um aumento de despesa de R$ 18 milhões e com uma receita menor. Eu reduzi significativamente o número de cargos comissionados e a folha aumentou”. O prefeito lembra ainda das licitações questionáveis, que amarram e criam dificuldades, das invasões orquestradas por líderes comunitários do grupo derrotado na eleição, do sucateamento dos imóveis, sem nenhuma manutenção, e da difícil situação da saúde. Porém, se diz satisfeito pelo apoio que tem recebido.

“Apesar de encontrar uma situação caótica, com uma prefeitura sem recurso e cheia de equipamentos depredados, falta de médico e situação caótica na saúde, me sinto muito bem com o apoio popular e a consciência tranquila de que estou fazendo o máximo possível. A merenda escolar está distribuída normalmente. O kit escolar será entregue no prazo legal. Tivemos problemas na licitação que estava sendo feita e apresentava problema na qualidade do material, mas tudo está normalizado. As crianças vão ser atendidas como devem ser. Criam uma celeuma para tentar desgastar, mas a população acompanha tudo”, concluiu.

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