Bernal classifica Carla e Flávio César como suspeitos e diz que Nelsinho está coordenando a CPI

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), criticou a participação dos vereadores Carla Stephanini (PMDB) e Flávio César (PTdoB) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar irregularidades no Hospital do Câncer e Hospital Universitário. Na avaliação prefeito, os vereadores não deveriam participar da composição da CPI. “O Flávio César foi líder de […]

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O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), criticou a participação dos vereadores Carla Stephanini (PMDB) e Flávio César (PTdoB) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar irregularidades no Hospital do Câncer e Hospital Universitário. Na avaliação prefeito, os vereadores não deveriam participar da composição da CPI.

“O Flávio César foi líder de Nelsinho Trad e sempre defendeu tudo o que o ex-prefeito fez. Ele não tem a isenção necessária para compor a CPI. A Carla é presidente do partido que está no comando da cidade há 16 anos, participando de todos os problemas na Saúde. Eles deveriam se declarar suspeitos e deixar outros participarem”, sugeriu.

Bernal entende que há um movimento para que a CPI criada na Câmara seja de faz de conta. “Nós não vamos admitir que iludam a população e instrumentalizem o Poder Legislativo para que no final do trabalho nada aconteça. A situação é grave”, alertou.

Para Bernal, Nelsinho e o governador André Puccinelli (PMDB) estão comandando os trabalhos da CPI como coordenaram todo o processo de escolha da Mesa Diretora no começo do ano, elegendo Mário César (PMDB) presidente. “Isso demonstra que, lamentavelmente, a Câmara está instrumentalizada pelo ex-prefeito e pelo governador”, criticou.

Nesta sexta-feira (10) Flávio César e Carla Stephanini foram eleitos presidente e relator, respectivamente, da CPI criada na Câmara. Com três aliados (Carla, Flávio e Coringa-PSD), Nelsinho conseguiu, indiretamente, impedir que Cazuza (PP) e Alex do PT assumissem a relatoria e boicotaram a presença de Luiza Ribeiro (MD).

A maioria conquistada pelo grupo do PMDB pode garantir, por exemplo, que Nelsinho Trad e os ex-secretários de Saúde, Leandro Mazina (cunhado de Nelsinho) e Luiz Henrique Mandetta (primo do ex-prefeito), sejam convocados para depor.

Luiza Ribeiro ganhou a antipatia dos vereadores ligados a Nelsinho quando apresentou pela primeira vez um requerimento pedindo CPI na Casa. Os 20 vereadores que rejeitaram a proposta foram rechaçados pela população, que apelidou o grupo de “vilões da saúde”. Eles ficaram irritados e chegaram a acusá-la de fazer política para expor os colegas.

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