O prefeito (PP) está trabalhando intensamente para conquistar pelo menos 10 aliados na Câmara de Campo Grande, número necessário para livrá-lo da cassação no dia 30 de dezembro. Com as derrotas na Justiça, o prefeito precisa reverter o jogo na política, já que não conseguiu provar a inocência.

Ciente de que será difícil convencer os vereadores de que não há nada irregular, o prefeito está oferecendo cargos vagos na Câmara para se manter politicamente e não sair antes de completar um ano de mandato. Com a relação desgastada com a Câmara, Bernal escalou o secretário de Governo, Pedro Chaves, para a missão de convencer parlamentares a comprar a tese de que o prefeito é inocente e quer harmonia.

Desde que chegou, há quase dois meses, Pedro Chaves já conversou com vários partidos políticos, mas sem autonomia para bater o martelo. No último diálogo, há 20 dias, ele deixou tudo certo com os partidos, mas encaminhou as propostas para Bernal, que até agora não se moveu.

Chaves explica que partidos como PSDB, PTB e PSB estão praticamente encaminhados, faltando apenas alguns detalhes. No caso do PSDB, o secretário aguarda uma agenda com o deputado federal Reinaldo Azambuja para sacramentar a aliança. A situação é parecida com a do PTB, que ainda depende de uma reunião com Ivan Louzada, presidente estadual do partido, para finalizar o acordo, que prevê a doação da Agetran. “Há possibilidade total”, garantiu Chaves.

Bernal ainda tenta trazer o vereador Carlão (PSB) para a base. Porém, neste caso, terá de fazer um planejamento melhor na administração. O vereador afirma que só vai para a base se o prefeito criar uma secretaria de Assuntos Fundiários, para regularizar mais de 5 mil terrenos na cidade.

Depois de toda a confusão com o PMDB, Paulo Siufi acabou desistindo de integrar a base do prefeito. Questionado sobre a situação com o peemedebista, chaves disse que já não sabe se ele será aliado. Porém, ainda conversa com Dr. Jamal (PR), a quem julga com mais interesse de ajudar o prefeito.