O vereador Chocolate (PP) vai utilizar o recesso de fim de ano da Câmara para repensar a sua vida política. Em crise com o PP, o vereador disse à reportagem que até fevereiro definirá se continua ou sai do Partido Progressista, presidido pelo prefeito de Campo Grande, (PP).

A insatisfação do vereador com o partido começou depois da briga dele com o prefeito. A briga teve vários capítulos, com destaque o voto favorável a Comissão Processante para investigar Bernal e a demissão da esposa do vereador. Após o voto, filiados ao PP chegaram a pedir o mandato do vereador, mas o processo não foi até o fim.

Chocolate teve a oportunidade de sair antes de outubro, quando poderia ter ido para um partido novo, o que garantiria o mandato. Mas, preferiu continuar no PP. Agora, se decidir sair, vai alegar perseguição, já que não tem mais relação alguma com a sigla. O vereador pretende usar como prova da perseguição a demissão da esposa e toda a pressão sofrida por ela antes de deixar a prefeitura.

“Eu sou independente até que se prove o contrário. Até o ano que vem muita água pode rolar por debaixo da ponte. Agora é tempo de analisar, pensar. Até fevereiro eu decido o que vou fazer. Posso pedir a saída por perseguição política”, declarou. O vereador afirma que não tem contato com o prefeito e nem imagina qual a estratégia adotada para ampliação da base, já que nem ele que é do partido foi procurado. “Talvez ele esteja magoado ou dando um tempo”, avaliou.

Na sessão desta quinta-feira (5) o vereador voltou a ocupar a tribuna da Câmara para reclamar do prefeito. Desta vez a reclamação partiu de uma suposta declaração de Bernal, onde teria dito que enterrou o pai do vereador e agora recebe ingratidão em troca. Chocolate ficou irritado  e disse que se o prefeito declarou isto, é um mentiroso, já que o pai dele morreu há 10 anos.