O prefeito (PP) não deixou apenas a cargo dos vereadores João Rocha (PSDB), Cazuza (PP) e Alex do PT a função de entrar em campo para tentar evitar a abertura de uma comissão processante que poderia derrubar o mandato dele futuramente. As negociações ficaram a cargo de Rocha e Cazuza, mas o prefeito ligou para vereadores na manhã desta terça-feira (8) para pedir apoio.

A vereadora Juliana Zorzo (PSC) admitiu que a pressão foi muito grande, principalmente em vereadores que, tal como ela, são considerados “neutros” na Câmara. Segundo a vereadora, a pressão ultrapassou a noite de ontem, onde vários ligaram para conversar sobre a votação, e chegou até esta manhã, quando o prefeito ligou pessoalmente para pedir apoio.

“Ele pediu para eu defender ele. Disse que não era justo. Perguntei a ele se tinha feito alguma coisa errada e ele disse que não. Então, disse para ele que não tinha o que temer. Mas, não disse meu voto. Avisei que ele ia ficar sabendo do meu voto no plenário”, revelou.

A base do prefeito alega que a oposição derrubou a votação nesta terça-feira porque estava ciente da derrota. Porém, do outro lado, os vereadores favoráveis a abertura da comissão ainda não admitem a derrota e estão dispostos a colocar em votação.

Na Câmara o voto de alguns vereadores ainda é mistério. Inclui-se neste grupo de indefinidos os vereadores Waldecy Chocolate (PP), Rose Modesto (PSDB) e a vereadora Juliana Zorzo, que promete revelar o voto apenas no plenário.

Outros vereadores que eram considerados indecisos já declararam o voto: Carlão disse não e Coringa (PSD) foi voto vencido no PSD, sendo obrigado a votar a favor da abertura da comissão processante. O vereador Paulo Pedra (PDT) disse à reportagem que preferiu não revelar o voto porque pode ser sorteado para participar da comissão, mas garantiu que hoje vota favorável a abertura.