Advogado pede desfiliação do PDT por ser contra candidatura de Dagoberto
“Sou pela renovação. Não aceito mais essa situação de imposição”, reclamou o advogado.
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“Sou pela renovação. Não aceito mais essa situação de imposição”, reclamou o advogado.
O empresário e advogado Paulo Dolzan entregou uma carta na tarde desta sexta-feira (12) no diretório do PDT pedindo sua desfiliação do partido. Segundo Dolzan, a saída do PDT esta estritamente ligada a postura do ex-deputado federal Dagoberto Nogueira que tem barrado a renovação dentro da sigla.
Dolzan declarou que a volta de João Leite Schimidt foi o primeiro passo para a renovação de candidaturas dentro do partido, mas que Dagoberto já teria se articulado para manter o comando. Além disso, Dolzan afirma que o ex-deputado já estaria com a candidatura fechada para concorrer a deputado federal em 2014.
“A candidatura dele já está carimbada. Eu sou pela renovação. Não aceito mais essa situação de imposição. Já questionei inclusive na Justiça e agora não vejo outro caminho. Com todo o respeito que tenho pelo Schimidt, não posso mais aceitar o Dagoberto que só quer tirar vantagem pessoal dentro do partido e não dá espaço aos filiados”, declarou Dolzan.
Para o advogado já passou da hora de haver renovação no PDT. “O partido precisa urgentemente de vida nova. Para mim, e muitos partidários, o Dagoberto não têm mais que disputar eleição, pois nem sabemos se ele é ficha limpa”, disparou.
Questionado se já vislumbra filiação em outra legenda, Dolzan disse que ainda não pensou no assunto. “Agora é vida nova, bola pra frente. Ainda não tenho nada acertado. O que eu sei é que meu projeto é integrar algum partido de renovação, com vistas a um Estado novo”, finalizou.
A crise interna do PDT se arrasta desde o racha entre os grupos do ex-deputado estadual, Ary Rigo e o atual presidente, João Leite Schimdt. A briga pelo controle dos diretórios resultou na saída de Rigo e do deputado estadual Onevan de Matos. Ambos foram para o PSDB. O ex-vereador Loester Nunes, um dos fundadores do PDT no Estado, também deixou o partido e foi para o PMDB, acusando o ex-deputado Dagoberto Nogueira de não dar espaço aos filiados, além de não convocar eleições para o diretório, mantendo-se no controle do sigla.
Nas ultimas eleições do diretório Dolzan acionou a Justiça com duas ações contra as executivas municipal e estadual PDT. Após ser derrotado na disputa pelo comando municipal da sigla, Dolzan ingressou com ação contra o resultado da eleição. O advogado argumentava que houve manipulação no processo que culminou com a reeleição do vereador Paulo Pedra. Contudo, a medida foi rejeitada pela Justiça que alegou incapacidade judicial na ação.
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