Vereadores se dividem sobre Câmara mudar para antiga rodoviária

Com a possibilidade cada vez mais próxima de a Câmara Municipal mudar para o prédio do antigo terminal rodoviário de Campo Grande, vereadores da Capital se dividem ao comentar o assunto. Sem contar com estrutura própria, o Legislativo é protagonista de um embate na Justiça com o proprietário do local. Em dezembro do ano passado, […]

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Com a possibilidade cada vez mais próxima de a Câmara Municipal mudar para o prédio do antigo terminal rodoviário de Campo Grande, vereadores da Capital se dividem ao comentar o assunto. Sem contar com estrutura própria, o Legislativo é protagonista de um embate na Justiça com o proprietário do local. Em dezembro do ano passado, o impasse quase culminou com o despejo dos 21 parlamentares.

Na última sexta-feira (16), o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) reforçou a hipótese de mudança, mas adiantou que só poderá transferir a sede do Legislativo caso a negociação com TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) não avance. “Em primeiro lugar está o Tribunal, depois, se isso não der certo, podemos transferir a Câmara Municipal para o prédio da antiga rodoviária. Antes de tudo, vamos esgotar todas as negociações com o Tribunal de Justiça, que está na frente”, comentou. Segundo ele, amanhã (21) deve acontecer conversa com o presidente do TJ, desembargador Luiz Carlos Santini.

Para o vereador Airton Saraiva (DEM), a mudança seria bem vinda. “O prédio da antiga rodoviária é um espaço bom, central, grande e é conhecido pela população. Também é um espaço da prefeitura, é um gasto a menos, é uma ótima oportunidade. Vejo com bons olhos essa possibilidade, vejo como coerente”, destacou o democrata.

Incisivo, o vereador Athayde Nery (PPS) defendeu a permanência dos 21 parlamentares na atual sede da Casa de Leis, que é alugada. “Isso é um problema para ser discutido pela Mesa Diretora, mas por mim nós poderíamos continuar aqui sem nenhum problema”, pontuou.

João Bobo

O presidente da Câmara, vereador Paulo Siufi (PMDB), disse que aceitaria a mudança “desde que tenha condições dignas de trabalho”. O parlamentar admitiu o “aperto” da estrutura utilizada hoje e reivindicou uma definição do caso. “Não podemos ficar sendo feitos de ‘João Bobo’ sendo jogados de lá para cá. É inadmissível uma Capital como Campo Grande não ter uma sede própria para o Legislativo com os milhões e milhões que são arrecadados”, criticou.

Avesso à possibilidade de mudança, o vereador Marcelo Bluma (PV) sugeriu a desapropriação do prédio para a permanência dos parlamentares e defendeu a criação de um espaço cultural e de lazer no local ocupado pelo antigo terminal rodoviário. “Vários hotéis que foram construídos na região por conta da rodoviária podem ficar desvalorizados. Temos que utilizar esse espaço dentro de um projeto de revitalização do centro da cidade e o prédio da rodoviária nesse processo é fundamental”, afirmou.

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