Vereadores se articulam para montar bloco e ganhar força na Câmara Municipal

A pluralidade de partidos que vão ocupar cadeiras na Câmara Municipal em 2013 tem movimentado os bastidores da política. Isso porque os novos vereadores nem bem chegaram e já estão participando de articulações que visam não só a escolha da Mesa Diretora, mas os caminhos a seguir nos próximos anos. A articulação é ainda maior […]

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A pluralidade de partidos que vão ocupar cadeiras na Câmara Municipal em 2013 tem movimentado os bastidores da política. Isso porque os novos vereadores nem bem chegaram e já estão participando de articulações que visam não só a escolha da Mesa Diretora, mas os caminhos a seguir nos próximos anos.

A articulação é ainda maior porque a Casa vive uma situação atípica, onde a maioria dos vereadores, 21, foi eleita pela oposição, contra oito que se coligaram ao prefeito eleito, Alcides Bernal (PP), no segundo turno em Campo Grande. Diante deste cenário, alegando preocupação com a independência da Casa, vereadores de diversos partidos já montam grupos para ganhar força e agir com responsabilidade dentro da Casa, evitando que revanchismos prejudiquem quem os elegeram: a população.

O vereador eleito pela primeira vez na Capital, Edson Shimabukuro (PTB), confirma a parceria entre um grupo que reúne novatos e veteranos. Segundo ele, o grupo conta com integrantes de vários partidos, incluindo PT, PMDB e PSDB. O vereador esclarece que o bloco pretende agir com responsabilidade, respeitando a vontade popular e dando apoio ao prefeito eleito. Segundo o vereador, o grupo suprapartidário terá entre 15 e 18 vereadores, que com maioria entre os 29 eleitos, lutará pela presidência e primeira secretaria da Casa.

O vereador Alceu Bueno (PSL), também novato na Câmara, confirma a informação e afirma que o grupo lutará para eleger o presidente. “Sou um dos que integra o grupo e não vou abrir mão. Vou ser fiel”, garantiu. A vereadora Grazielle Machado (PR) confirma a existência do grupo e, sem revelar nomes, ressalta que ele é pluripartidário. Questionada se o vereador Dr. Jamal (PR) também seguirá com o grupo, a vereadora diz que ela integra o grupo e prefere não responder pelo colega.

A vereadora Rose Modesto (PSDB) é mais ponderada e diz que a união vai acontecendo naturalmente e por afinidade entre os que desejam o que é melhor para a Casa, independente de partidos políticos. Ela explica que o processo de mudança que Campo Grande vive, com a saída de um grupo depois de 20 anos, faz os vereadores estabelecerem alguns critérios, que acabam unindo parlamentares de diversos partidos.

Rose entende que o novo presidente da Casa deve ser conciliador a ponto de abrir mão até do seu mandato para conduzir a Casa de um modo que a população ganhe. “É preciso equilíbrio e transitar bem entre todos”, analisa Rose, ressaltando que só será candidata por indicação de um grupo e não por vontade pessoal.

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