A última sessão da Assembleia Legislativa ocorreu de forma tranqüila quanto a votação de projetos e foi marcada pelo tumulto ocorrido na manhã desta teça-feira (18) no lixão de Campo Grande. Com presença de praticamente todos os parlamentares, com exceção dos deputados estaduais Alcides Bernal (PP) e Paulo Duarte (PT) – que serão diplomados hoje – os trabalhos de 2012 foram encerrados.

Os parlamentares limparam a pauta e aprovaram diversos projetos na sessão desta manhã. Passaram o orçamento para 2013 e emendas; a inclusão de tributo à cana-de-açúcar e minério no Fundersul; o reajuste do salário do Governador André Puccinelli (PMDB); a autorização para Puccinelli se ausentar do território nacional entre 19 de janeiro e 09 de fevereiro; estatuto dos Policiais Militares e a doação de áreas publicas como Guanandizão, Parque Jacques da Luz e Ayrton Senna à prefeitura, entre outros.

Ao dar inicio a sessão extraordinária, o tumulto que aconteceu no lixão teve repercussão em tempo real nos trabalhos da Assembleia Legislativa. O deputado Pedro kemp (PT) relatou que tinha acabado de receber um telefonema de um catador, pedindo intervenção parlamentar junto a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) devido a violência com que eles estavam sendo tratados.

Kemp subiu a tribuna para fazer um pronunciamento, pois segundo ele, a prefeitura deveria ter providenciado uma destinação para essas famílias que dependem da coleta para sobreviver.

“Há muito tempo esse lixão deveria ter sido fechado, por que aquilo é um crime ambiental. Agora, o que esta acontecendo é uma irresponsabilidade. Famílias vão ficar sem trabalho em plena véspera de Natal. A prefeitura tinha por obrigação ter dado uma saída para essas famílias. Tem mulheres, crianças e idosos lá”, declarou Kemp.

O presidente imediatamente pediu que o presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado estadual Cabo Almi (PT) entrasse em contato com a Sejusp. Pouco tempo depois, os deputados Pedro Kemp e Cabo Almi se deslocaram para o aterro, a pedido de Jerson Domingos.

Conforme Kemp, a chegada dos parlamentares acalmou os ânimos no lixão. Os camburões da polícia deixaram o local. Junto com os deputados, representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso do Sul) e a da Defensoria Pública também de deslocaram ao lixão. A informação é de que um pedido de providencia será encaminhado à Sejusp, para apurar a forma truculenta como os catadores foram tratados.