Policiais Militares de Mato Grosso do Sul afirmam que realizarão ‘aquartelamento’, caso a nova proposta salarial da classe não for discutida

Com o cuidado de ‘não deixar’ de atender a população, mas também com foco em todas as contravenções penais (jogos do bicho, de azar, vias de fato, entre outros), policiais militares de Mato Grosso do Sul afirmam que realizarão ‘aquartelamento’ (movimento no qual os policiais não saem dos quartéis para atender a ocorrências), caso a nova proposta salarial da classe não for discutida.

“Se o governador entrar na justiça contra o nosso ‘Tolerância Zero’, assim como fez com a manifestação da Polícia Civil, é ele quem estará prejudicando a sociedade. Até agora não deixamos em momento algum de cumprir o nosso papel, que é a segurança das pessoas. E o nosso movimento, inclusive, é um indicativo de que queremos negociar com o governo, que deve reavaliar a sua posição”, afirma o vice-presidente da ACS (Associação de Cabos, Soldados e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul), Cláudio Souza.

De acordo com Souza, o ‘jogo do bicho’ está reprimido na Capital e, no interior, as manifestações são ainda mais intensas. “Neste final de semana realizamos ao menos 15 apreensões. E, no interior, o número é ainda maior. Mas aguardamos amanhã (23), um relatório da Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança) para saber ao certo os números”, explica o vice-presidente da ACS.

Na última sexta-feira (20), após quase três horas de discussão em uma assembleia geral, a categoria decidiu pedir o reajuste de 28% aos soldados ao Governo do Estado. O salário atual de R$ 1.950 saltaria para R$ 2,5 mil, a ser aplicado a partir do dia 1° de maio, segundo a ACS. “Com relação as demais patentes, ainda será calculado o valor”, diz o o vice-presidente da ACS.