Puccinelli tenta despistar, mas reconhece que Dagoberto seria o vice ideal

O governador André Puccinelli (PMDB) trocou, nesta quinta-feira (5), o perfil extrovertido pelo cauteloso. A mudança de comportamento ocorreu ao ser indagado sobre as tratativas de aliança com o PDT na corrida pela sucessão da Prefeitura de Campo Grande. De todas as formas, ele tentou escapar dos questionamentos, mas acabou reconhecendo que o ex-deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) seria um bom vice do deputado federal Edson Giroto (PMDB).

Diante da insistência da imprensa, Puccinelli acabou confirmando interesse na aliança com o PDT. “Todos os partidos que tem o tempo de televisão do PDT e os quadros do PDT agregariam, se agregarão só futuro dirá”, comentou, com o mesmo ar de cautela inicial.

Questionado se somando o tempo de televisão da legenda ao bom posicionamento de Dagoberto na disputa eleitoral, como apontam pesquisas de consumo interno das agremiações, o pedetista seria o vice ideal de Giroto, o governador concordou.

Segundo correligionários, a resposta por tanta cautela de Puccinelli seria a necessidade de informar ao seu grupo político as articulações para Dagoberto ser o companheiro de chapa de Giroto. Para evitar mal-estar entre os aliados, o governador quer discutir com todos os segmentos do seu arco de aliança a proposta. Na lista, estão os vereadores, que lutam para emplacar um representante da Câmara na chapa majoritária. Com amplo debate, Puccinelli espera manter unido o seu grupo.

Os últimos detalhes da aliança com o PDT devem ser fechados neste feriadão. Por isso, Dagoberto planeja para terça-feira (10) reunião com o diretório municipal. Na oportunidade, a proposta de união com o PMDB deverá ser apreciada pelo partido.