O governador garante que última proposta partiu do comandante-geral. Ontem, durante formatura, praças teriam conversado com Coronel David, mas Associação nega que concorde com valor e mantém R$ 2.500,00 como meta.

Durante evento na manhã deste sábado (28), o governador (PMDB), declarou que a proposta de reajuste salarial no valor de R$ 2.200 para os soldados não teria partido dele, mas sim do comandante da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David dos Santos.

André reafirmou que o assunto ainda está em discussão e que as negociações não foram fechadas.

“Ainda estamos em entendimento. Na verdade eles é que fizeram a proposta. Minha resposta foi para que eles me encaminhem por escrito e com a assinatura de todas as associações, de cabos e soldados, sargentos e subtenentes”, afirmou Puccinelli.

O governador fez questão de ressaltar que o comandante foi o intermediador do pedido, pois por ele o valor ficaria na proposta inicial de 5%.

Na Associação dos Cabos e Soldados, no entanto, não há a confirmação de que os praças teriam participado da elaboração da nova proposta.

“Nossa proposta inicial de R$ 2,5 mil ainda não foi suspensa”, avisa o vice-presidente da entidade, Claudio Souza.

André Puccinelli declarou que a PM é que está pedindo para que melhorem um pouco os salários e que essa nova proposta pode ser “analisável”.

Os militares haviam programado uma manifestação para a manhã deste sábado, porém o protesto foi suspenso após o comandante ameaçar deixar as negociações caso a programação fosse realizada.

Questionado a respeito, o comandante da PM, coronel Carlos Alberto David dos Santos confirma a fala do governador.

“Gostaria de chegar no valor que os praças queriam (referindo-se aos R$ 2,5 mil pedidos pelos soldados), mas sei que o Estado não tem condições de pagar isso agora”, esquiva-se o comandante.

Já a ACS (Associação de Cabos, Soldados e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul) garante que as negociações podem ‘ser melhoradas para a tropa’.

“Até onde sei as negociações foram reabertas e por isso a mobilização foi cancelada. Mas nossa proposta inicial de R$ 2,5 mil ainda não foi suspensa. E, com relação ao prazo do dia 2 de maio, quando o governador encaminha o que foi fechado com a categoria para a Assembléia Legislativa, isso é um problema dele. A entidade não pode decidir pela categoria e vamos nos reunir com todos os praças até chegarmos a um consenso. E novamente, até onde sei, a Operação Tolerância Zero não está suspensa e continua”, conclui o vice-presidente da ACS, Cláudio Souza.