Puccinelli diz que não deu dinheiro para atrair apoio de PMN a Giroto

O governador André Puccinelli (PMDB) declarou-se surpreso com a intervenção nacional do PMN em Mato Grosso do Sul por suspeita de corrupção por parte dos presidentes regional, Adalton Garcia e municipal, Iara Costa. Ele ainda afastou ter oferecido vantagens financeiras aos dois para atrair o apoio do partido à pré-candidatura do deputado federal Edson Giroto (PMDB) a prefeito da Capital.

Segundo Puccinelli, o combinado com o PMN era oferecer estrutura para os candidatos a vereador fazer campanha. “Eu prometi para frente estrutura e comitê financeiro, tudo seria servido”, informou. “Saíram, foi surpresa para mim”, reforçou.

Indagado sobre a reviravolta no PMN, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) fez pouco causo. “Saiu um (partido), entrou outro”, disse sobre a adesão da legenda ao arco de aliança do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB).

Intervenção nacional

A direção nacional do PMN destituiu, na quarta-feira (20), o comando regional e municipal do partido em Mato Grosso do Sul. A decisão, segundo a nova presidente estadual, Ritva Vieira, levou em conta o descumprimento de diretrizes determinadas pela cúpula nacional e suspeita de corrupção.

“A direção nacional deixou claro que o rumo do partido em Campo Grande seria decidido em colegiado, mas o presidente regional e a municipal, sem consultar ninguém, anunciaram apoio ao PMDB”, relatou Ritva.

Também motivou a decisão suspeita de corrupção por parte da antiga direção do partido. A desconfiança é de que Adalton e Iara teriam recebido dinheiro para entregar o PMN ao PMDB. “Ouvimos de muita gente isso, mas não temos como provar”, ponderou Ritva.

Sob nova direção, o PMN decidiu apoiar a pré-candidatura de Reinaldo Azambuja. “Dele recebemos a garantia de ter as mesmas condições de trabalho dos demais candidatos a vereador”, explicou Ritva. Ela frisou ainda que ao lado do tucano o partido se sentiu valorizado.