Um dia antes da convenção estadual do PDT, que homologará o ex-deputado federal Dagoberto Nogueira na presidência do partido, o governador (PMDB), em agenda em Nova Alvorada do Sul, praticamente confirmou a escolha do dirigente pedetista para ocupar a disputada vaga de vice do deputado federal Edson Giroto (PMDB) na corrida pela sucessão da Prefeitura de Campo Grande.

“Existe 95% de possibilidade”, declarou Puccinelli. Indagado, então, sobre o que poderia impedir as escolha de Dagoberto, ele frisou não poder revelar o motivo de eventual reviravolta. “Não posso dizer, pode atrapalhar”, resumiu.

Questionado se a mínima possibilidade de o pedetista ficar sem a vaga, aconteceria na hipótese de o PSDB abandonar o projeto de candidatura própria para seguir ao lado do PMDB na Capital, o governador afastou tal possibilidade. “Não, não é isso”, garantiu.

A escolha de Dagoberto não é unanimidade entre os peemedebistas. O presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Siufi, classifica a definição como incoerente diante de inúmeras críticas desferidas pelo pedetista ao governador, nas eleições de 2010. Para ele, a indicação até pode atrapalhar a eleição de Giroto.

Aquidauana

Puccinelli ainda confirmou, ontem (11), estar reproduzindo a aliança com o partido na Capital e em alguns municípios do interior do Estado, como Aquidauana. “Lá se o PDT quiser lançar nosso vice e o Fauzi (Suleiman) aceitar, é uma das hipóteses. Nós falamos, estão estudando e essa semana definem (se aceitam ser vice)”, contou. No município, o PDT sempre foi o principal adversário do PMDB.

Nesta terça-feira (12), os pedetistas estão reunidos em Campo Grande para transformar a executiva provisória do partido em direção estadual. Dagoberto será homologado presidente da legenda. Ao mesmo tempo, o advogado Paulo Dolzan tenta invalidar a convenção na Justiça por ver falta de democracia no partido.