O sócio-fundador do Midiamax, Carlos Eduardo Naegele, reagiu com tranquilidade ao receber, em Brasília,  a notícia de que o governador protocolizou ação judicial contra o Midiamax, seu diretor e o jornalista que produziu reportagem que revelou, em vídeo,  o método aplicado de campanha por Puccinelli junto a servidores comissionados e contratados.

“Não é surpresa, o governador não tem como negar o inegável e sai pelo caminho de acusações levianas que não se sustentam”, declarou Carlos Naegele. “Falso não é o vídeo, como diz o governador, mas as alegações dele”, afirmou.

O Midiamax cumpriu legalmente sua função como veículo de imprensa. A reportagem foi feita com conteúdo extraído da  gravação original, também já publicado diante da dúvida levantada anteriormente em nota do PMDB. “Não tem falsificação nenhuma, ele responderá judicialmente por essa acusação leviana”, disse o diretor do Midiamax.

Aliás, lembra Naegele, o líder do PMDB, Eduardo Rocha,  declarou em discurso na Assembleia que “é isso mesmo, o André cobra voto dos servidores”.  O candidato do PMDB a prefeito de Campo Grande, Edson Giroto, também confirmou a sistemática de reuniões reveladas pelo vídeo.

Naegele diz que o processo “é mais uma tentavia intimidatória contra a imprensa livre. Tanto é que pela informação disponível o governador  só processa o Midiamax. E a Veja, Uol, Terra, etc.? Ocorre que os métodos usuais de pressão não surtem efeito e ele tenta respaldo legal para nos intimidar, mas temos confiança em que a justiça de Mato Grosso do  Sul garantirá, como sempre fez, nossa liberdade de imprensa”.

Ele aproveitou para assegurar à opinião pública de que o processo em nada muda a cobertura do Midiamax na pauta política e eleitoral.