O PMDB está perto da segunda derrota em Campo Grande. Depois de perder a prefeitura após 20 anos, o partido caminha para a derrota na presidência da Câmara Municipal. Enfraquecido após a eleição, o partido não consegue reunir aliados, mesmo com 21 vereadores na Câmara, e vê o grupo se diluir cada vez mais.

Os vereadores com mais força na Casa, Paulo Siufi (PMDB) e Edil Albuquerque (PMDB), não emplacam por não se encaixarem no perfil de mudança e as lideranças do partido dizem que não vão interferir na escolha.

“A Câmara sempre soube e teve discernimento necessário para poder escolher seu presidente. Eu sempre ouvi eles e dentro desta mesma filosofia eles estão tentando se organizar para poder escolher o presidente. Eu não estou lutando”, disse Nelsinho Trad (PMDB) ao ser questionado sobre uma possível derrota.

O prefeito, que já ocupou a cadeira de presidente da Câmara, diz que não acha o posto importante para recuperar o partido e diz que o acompanhamento cabe mais ao prefeito eleito, Alcides Bernal (PP). “É uma ação que compete mais ao Bernal do que a mim. Eu não vou interferir”, garantiu.

Edil e Siufi estão fora do grupo de 17 vereadores que se comprometeram a eleger o novo presidente da Câmara. O grupo conta com vereadores de vários partidos, incluindo o PMDB. Porém, destacam-se as candidaturas de vereadores de outros partidos: Grazielle Machado (PR), Rose Modesto (PSDB) e Paulo Pedra (PDT).

Siufi bem que tenta articular um novo caminho com o vereador Dr. Jamal (PR), mas aliados não abrem mão do grupo pluripartidário de 17 vereadores, composto por Grazielle Machado (PR), Carla Stephanini (PMDB), Mário Cesar (PMDB), Vanderlei Cabeludo (PMDB), Flávio Cesar (PTdoB), Carlos Augusto Borges (PSB), Airton Saraiva (DEM), Otávio Trad (PTdoB), Paulo Pedra (PDT), Eduardo Romero (PTdoB), Elizeu Dionizio (PSL) , Alceu Bueno (PSL), Thais Helena (PT), Rose Modesto (PSDB), João Rocha (PSDB), Luiza Ribeiro (PPS) e Edson Shimabukuro (PTB).