O prefeito de Campo Grande, (PMDB), e o prefeito eleito, (PP), fizeram na noite de ontem (16) um encontro antes da reunião desta tarde, onde serão discutidos temas importantes para a próxima administração da Capital.

Segundo Nelsinho, o primeiro encontro foi tranquilo e sem grandes problemas. “Foi um encontro mais amistoso, tranquilo e de espírito desarmado. A gente nunca teve arestas. Ele tem a interpretação de uma coisa e eu de outra. Isso não quer dizer que é aresta. O importante é que a gente consegue sentar, se olhar, se cumprimentar e se conversar. Para você ver que não tem tanta aresta”, garantiu.

Nelsinho revelou que também prometeu ajudar Bernal a convencer os vereadores a retirar as emendas criadas para reduzir o poder do novo prefeito. O pedido, conforme publicado pelo Midiamax, partiu do prefeito eleito. “Com certeza absoluta. Minha intenção é ajudar. Não quero jamais botar alguma casca de banana para que possa prejudicar o governo dele”, respondeu Nelsinho ao ser questionado se ajudaria Bernal.

Nelsinho informou que na reunião de hoje tratará de assuntos relevantes que precisam de uma sequência. “Vamos falar de convênios federais e estaduais. Ele precisa de uma agenda com o governador; dengue, problema da Santa Casa, do prédio da Câmara. São várias ações que a gente precisa trocar informações”, concluiu.

A reclamação de Bernal refere-se a duas emendas feitas ao orçamento da Câmara de Campo Grande para tentar diminuir a autonomia do próximo prefeito. Uma delas reduz de 30% para 5% o percentual autorizado para a prefeitura abrir créditos adicionais, sem autorização da Câmara. Atualmente, Nelsinho tem 30% para aplicar em despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária Anual (LOA).

A segunda emenda proíbe Bernal de modificar o Plano Plurianual sem a autorização da Câmara. O Plano Plurianual é o principal instrumento de planejamento de médio prazo de um governo. Ele estabelece as metas da administração para despesas de capital e outras dela decorrentes. Ele estabelece a necessária relação entre as ações a serem desenvolvidas e a orientação estratégica de governo.