Em resposta a liminar de antecipação de tutela, a 2ª vara da Justiça Federal em Mato Grosso do Sul acolheu novas provas e pode livrar Geraldo Marques (PDT) de processo e garantir sua posse para mais um mandato à frente da Prefeitura de Bonito.

Segundo o advogado Marcos Piva, os documentos inocentam Geraldo de processo no Tribunal de Contas da União (TCU), que rejeitou o balanço financeiro da prefeitura nos exercícios de 2001 e 2002.

A decisão acabou barrando a candidatura do ex-prefeito no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), depois de a juíza eleitoral Adriana Lampert julgar improcedente o pedido de impugnação. O caso parou nas mãos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Sobre o surgimento repentino das provas, Piva sugeriu que divergências político-eleitorais dificultaram a inclusão dos documentos ao processo no TCU. “O material estava na prefeitura em posse do adversário”, declarou.

As provas, segundo ele, esclarecem a aplicação de seis cheques, na ordem de cerca de R$ 5 mil. “Sem os documentos não havia como justificar os gastos e o TCU rejeitou as contas da prefeitura”, explicou o advogado.

Agora, a defesa irá encaminhar a liminar da Justiça Federal ao TSE na tentativa de arquivar o processo de impugnação da candidatura e garantir a posse de Geraldo Marques como novo prefeito de Bonito.

“Não sei exatamente qual será o procedimento, só sei que se alguém te cobra uma dívida e você prova que pagou está livre da acusação”, ponderou o advogado. Ainda segundo ele, por conta da decisão da Justiça Federal Bonito está em festa. “Mais de 500 carros fazem carreata pela cidade”, contou.

Com 522 de votos de vantagem, Geraldo Marques venceu a disputa pela Prefeitura de Bonito em confronto com Leleco (PTdoB).O ex-prefeito obteve 6.611 votos contra 6.089 do adversário.