A pedido da coligação “Mais Trabalho por Campo Grande”, comandada por Edson Giroto, a Justiça Eleitoral censurou a divulgação de vídeo que exibe depoimento do candidato a vice-prefeito, Dagoberto Nogueira, sobre o governador

O juiz da 53ª zona eleitoral, Alexandre Corrêa Leite, acolheu na quarta-feira (24) representação da coligação “Mais Trabalho por Campo Grande”, comandada por Edson Giroto (PMDB), e censurou a divulgação de vídeo que revela a opinião do candidato a vice-prefeito, Dagoberto Nogueira (PDT), sobre práticas políticas que o governador (PMDB), segundo o pedetista, se utliza para vencer disputas eleitorais.

O Midiamax foi notificado da decisão às 11h49 desta quinta-feira (25), com a concessão de três horas para suprimir a publicação da notícia intitulada “Dagoberto alertou que Puccinelli faria qualquer coisa para derrubar seus adversários políticos”.

O diretor-sócio do Midiamax, Carlos Eduardo Naegele, adiantou que já encaminhou a notificação aos advogados para recorrer da decisão com o intuito de assegurar ao leitor o acesso à informação de um fato real e verdadeiro. O vídeo exibe depoimento de Dagoberto em audiência na Comissão de Participação Legislativa da Câmara dos Deputados sobre a Operação Vintém.

Na representação, a coligação alega que “a representada veiculou notícia antiga  e desatualizada, de fato ocorrido no ano de 2010” e acusa “divulgação de propaganda eleitoral subliminar, negativa, propagadora de ofensas e ataques à imagem dos candidatos”.

Naegele, por sua vez, esclareceu que a reportagem “nem cita o candidato Giroto” e discordou do argumento de o assunto ser “desatualizado”. “A ministra Cármem Lúcia já adiantou que assim que o STF (Supremo Tribunal Federal) terminar o julgamento do Mensalão irá julgar o caso sobre a Operação Vintém”, frisou.

Além disso, Naegele entende que o tema é atual levando em consideração uma série de panfletos apócrifos e de vídeos com ataques ao candidato Alcides Bernal (PP) na campanha rumo à Prefeitura de Campo Grande, remetendo à suposta armação para prejudicar a reeleição do então deputado estadual Semy Ferraz, nas eleições de 2010.

“Resgatamos o assunto, pois remete a uma série de ações que a Justiça vem analisando e coibindo na chegada da eleição em Campo Grande”, ponderou o sócio-diretor do Midiamax. “Nada foi feito isoladamente para prejudicar esse ou aquele”, finalizou.