Em reunião fechada, Puccinelli pede socorro

Governador saiu da reunião pela área privativa da Assembleia, após confessar aos aliados não saber mais o que fazer para alavancar seu candidato em Campo Grande

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Governador saiu da reunião pela área privativa da Assembleia, após confessar aos aliados não saber mais o que fazer para alavancar seu candidato em Campo Grande

Em reunião a portas fechadas, nesta quarta-feira (26), na Assembleia Legislativa, o governador André Puccinelli (PMDB) pediu socorro aos deputados aliados em provável segundo turno em Campo Grande.

Nesta semana, o sinal vermelho acendeu na governadoria diante da consolidação do deputado estadual Alcides Bernal (PP) na liderança da corrida eleitoral e por conta da tendência de crescimento do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), registrada nas últimas pesquisas.

“Ele pediu apoio e nós como aliados vamos ajudá-lo”, disse o líder do governo na Assembleia, deputado estadual Júnior Mochi (PMDB) ao deixar a reunião, que começou por volta das 11h30 e se estendeu até 13h.

Puccinelli chegou à Casa de Leis às 11h20. Pouco antes, estacionou o carro, em área privativa, o secretário estadual de Habitação e Cidades, Carlos Marun (PMDB).

Os dois eram aguardados na sala da presidência pelos deputados Jerson Domingos (PMDB), Paulo Corrêa (PR), Zé Teixeira (DEM), Eduardo Rocha (PMDB), George Takimoto (PSL), Lauro Davi (PSB), Marquinhos Trad (PMDB), Felipe Orro (PDT), Márcio Fernandes (PTdoB) e por Mochi.

Não sei mais o que fazer, desabafa Puccinelli

A portas fechadas, o governador, segundo parlamentares que pediram para não serem identificados, demonstrou perplexidade com o cenário eleitoral em Campo Grande. Ele teria dito que não sabe mais o que fazer para alavancar seu candidato, deputado federal Edson Giroto (PMDB).

Em desabafo, Puccinelli teria afirmado que já experimentou várias estratégias, mas não vê resultados. Ele até admitiu que reviu seu comportamento na tentativa de alavancar Giroto. Também teria afastado o candidato a vice, Dagoberto Nogueira (PDT), da campanha para tentar impulsionar o correligionário.

Sem saber mais o que fazer, o governador pediu para cada um dos deputados fazer uma leitura do que observa nas ruas na tentativa de ajudar Giroto em provável segundo turno.

Rivais se provocam

Ainda no início da reunião, o clima esquentou quando Bernal adentrou na sala da presidência. Puccinelli teria confirmado ao rival que o encontro seria para traçar estratégia a fim de derrotá-lo nas urnas. “Não adianta que o povo já se definiu”, rebateu Bernal.

De olho nos planos dos rivais, também passou rapidamente pela reunião o deputado estadual Márcio Monteiro (PSDB), aliado de primeira hora do tucano Reinaldo Azambuja.

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