Descrente no apoio do PMDB em 2014, PT mantém o foco nas eleições municipais

Para petistas, o governador fala em aliança na sucessão estadual no intuito de desarticular o partido em 2012, principalmente, na corrida pela sucessão da prefeitura da Capital

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Para petistas, o governador fala em aliança na sucessão estadual no intuito de desarticular o partido em 2012, principalmente, na corrida pela sucessão da prefeitura da Capital

Desconfiados em relação às intenções do PMDB, petistas destacaram nesta quarta-feira (02) não ceder aos encantos dos rivais e manter a foco na disputa pelo comando das 79 prefeituras de Mato Grosso do Sul. O plano é ampliar o número de prefeitos e vereadores do partido para entrar com força na corrida pela sucessão do Governo do Estado e não depender dos adversários em 2014. Neste contexto, uma das prioridades seria levar a disputa na Capital para o segundo turno.

No último fim de semana, o governador André Puccinelli (PMDB) e até o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) admitiram a possibilidade de o PMDB abrir mão de candidatura própria ao Governo do Estado para apoiar o senador Delcídio do Amaral (PT), em 2014. “Com essas declarações eles tentam é causar confusão”, disse o deputado federal Vander Loubet (PT), pré-candidato a prefeito de Campo Grande.

A opinião do parlamentar leva em conta o inevitável surgimento de boatos sobre a possibilidade de a aliança começar a se desenhar ainda em 2012, inclusive com a aproximação dos rivais em colégios eleitorais estratégicos, onde pré-candidatos peemedebistas não emplacam nas pesquisas. “Mas nós não vamos perder o foco nas eleições municipais”, ressaltou Vander.

Segundo ele, o PT está consciente de que o PMDB apenas abandonará a disputa pela sucessão do Governo do Estado no caso de sair menor das eleições municipais. “Se diminuirmos de tamanho no Estado nestas eleições municipais qual a garantia de apoio do PMDB em 2014?”, questionou Vander.

O deputado estadual Cabo Almi (PT) fez coro ao discurso. “Se o PMDB ganhar no primeiro turno em Campo Grande, vencer em Três Lagoas e indicar o vice do prefeito Murilo Zauith (PSB) em Dourados se sentirá forte para lutar pela sucessão estadual”, analisou. “Uma coisa depende da outra”, acrescentou para reforçar a importância da eleição municipal na disputa pela sucessão estadual.

Descrente no apoio do PMDB

Independentemente do resultado das eleições municipais, Vander duvida do apoio do PMDB a Delcídio na sucessão estadual. “As ações do André não vão ao encontro da fala dele sobre aliança com o PT em 2014”, explicou. Como exemplo, ele citou “a audiência do governador a presidente Dilma sem a participação do Delcídio”. “Também tem o assédio do PMDB a partidos que estavam conosco, como o PDT”, acrescentou. “É logico que eles estão buscando se fortalecer para continuar no comando do governo”, concluiu.

Sem credibilidade

Os deputados estaduais Paulo Duarte (PT) e Pedro Kemp (PT) também colocaram em xeque a sinalização de apoio do PMDB a Delcídio em 2014 e reforçaram a importância de o PT se fortalecer para não depender dos rivais. “Não podemos ficar esperando pelos outros, temos a presidente mais bem avaliada da história do País”, destacou Duarte.

Já a incerteza sobre o apoio do PMDB leva em conta constantes mudanças de comportamento de André. “Cada hora ele fala uma coisa, uma hora crítica o PT, depois defende aliança. Até parece a lua, cheia de fases”, comentou Duarte. “Realmente existe a chance de o PMDB nos apoiar em 2014, mas temos que considerar todas as possibilidades, porque o André vai e volta toda hora”, reforçou Kemp.

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