Delcídio diz que governante tem que ser humilde e plano de voo de Puccinelli não funcionou
O senador Delcídio Amaral (PT) terá uma difícil missão em 2014, quando deve ser o candidato a governador pelo PT em Mato Grosso do Sul. Embora seja considerado por muitos o favorito para o governo, Delcídio pode enfrentar uma situação bastante complicada: a de escolher entre se aliar com o PMDB ou com o PSDB. […]
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O senador Delcídio Amaral (PT) terá uma difícil missão em 2014, quando deve ser o candidato a governador pelo PT em Mato Grosso do Sul. Embora seja considerado por muitos o favorito para o governo, Delcídio pode enfrentar uma situação bastante complicada: a de escolher entre se aliar com o PMDB ou com o PSDB.
A vitória de Alcides Bernal (PP) em Campo Grande, com apoio do PT e do PSDB fez Delcídio se aproximar do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) e fazer crescer na população o desejo de uma dobradinha com Delcídio governador e Reinaldo senador. Porém, a vontade popular pode encontrar como barreira o fato do PSDB e do PT disputarem a presidência da República em 2014, com Aécio Neves e Dilma Rousseff (PT).
Também pesa contra a aliança PSDB/PT o fato do PMDB ser aliado do PT nacionalmente. Em 2010, lideranças do PMDB e do PT no Estado ensaiaram uma aliança, mas foram barrados por Zeca do PT no primeiro turno, e pelos próprios peemedebistas no segundo turno, quando decidiram manter apoio a José Serra (PSDB). Questionado sobre a difícil decisão, Delcídio declarou que terá que fazer “bem a lição de casa”.
Delcídio observou que a última eleição deixou claro que a população mudou e com isso exige uma nova postura dos representantes. “Um governante tem que ser transparente, humilde, e deve fazer o exercício do contraditório. É um novo tempo que se vive, diferente do que existia anteriormente”.
Sobre a proximidade com o PMDB, Delcídio lembra que sempre teve uma relação republicana com o governador André Puccinelli (PMDB), por causa da defesa do Estado. “Politicamente ele esteve de um lado e eu do outro na eleição. Agora, é uma decisão. Ele entendeu que tinha um plano de voo e não funcionou como ele imaginava. A leitura que eu enxergava dentro desse cenário era uma visão diferenciada, o que não quer dizer que eu não vou continuar trabalhando. O tempo vai dizer. Ainda é cedo”.
Delcídio ressalta que hoje as pessoas têm mais acesso a informação e agora passam a compreender melhor os direitos que têm. “Passam a exigir coisas que antes não faziam. Hoje o projeto político tem que ser amplo e não só de execução de obra. Tem que ter foco em saúde, educação, bem estar, cultura, esporte, lazer. Em 2012 o eleitor foi mais ousado e agiu com mais sabedoria do que nós”, analisou.
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