Com Giroto, PMDB busca manter hegemonia na Capital
Próximo dos seus 113 anos, Campo Grande já foi palco de muitas histórias, sonhos e conquistas. Sede política de Mato Grosso do Sul – Estado criado a partir da lei complementar 31, de 11 de outubro de 1977 -, a Cidade Morena também presenciou fatos desastrosos, em municípios vizinhos, que desmoralizaram parte da classe política […]
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Próximo dos seus 113 anos, Campo Grande já foi palco de muitas histórias, sonhos e conquistas. Sede política de Mato Grosso do Sul – Estado criado a partir da lei complementar 31, de 11 de outubro de 1977 -, a Cidade Morena também presenciou fatos desastrosos, em municípios vizinhos, que desmoralizaram parte da classe política sul-mato-grossense.
É o caso da operação Urugano, que, em 2010, mostrou a todo o Brasil um suposto esquema de corrupção que envolveria o governador André Puccinelli (PMDB), deputados estaduais e o Poder Judiciário, conforme gravação feita pelo jornalista Eleandro Passaia em conversa com o então deputado estadual Ary Rigo (PSDB).
Passados quase dois anos do escândalo, pouca coisa mudou no cenário político de Mato Grosso do Sul. Reeleito, Puccinelli caminha para o término de seu segundo mandato, enquanto Rigo, que não conseguiu a reeleição, segue seu cotidiano longe dos holofotes da Assembleia Legislativa.
Neste período, o PMDB sul-mato-grossense, garantido nos índices de popularidade do líder do Executivo Estadual, mira sua artilharia para a sucessão do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), de olho nas eleições para governador em 2014.
O vencedor
Após muita polêmica e espera, o PMDB enfim divulgou o vencedor da guerrilha interna sobre quem seria o candidato que daria continuidade ao projeto político do partido. Na disputa estavam o presidente da Câmara, vereador Paulo Siufi (PMDB), e os deputados federais Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Edson Giroto (PMDB), este último tido como preferido de Puccinelli.
O vencedor, como esperado, foi Giroto. Eleito pelo PR, o parlamentar sul-mato-grossense foi o deputado federal mais votado nas eleições de 2010. Um ano depois, o político deixou a legenda republicana para voltar ao PMDB, já visando a disputa pela prefeitura da Capital, principal colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul.
Definido o candidato, Giroto terá a missão de manter a hegemonia do PMDB frente à administração municipal. Caso saia vitorioso do pleito, o deputado federal completará um ciclo de 24 anos ininterruptos da legenda no Governo Municipal, podendo chegar a 28, caso seja reeleito em 2016.
Mais do mesmo
Não fosse o mandato de Lúdio Martins Coelho, pelo PTB, entre 1989 e 1992, o PMDB alcançaria a marca de 33 anos seguidos na Prefeitura de Campo Grande. Vale destacar que o petebista é originário do PMDB e comandou a Capital pela legenda de 1983 a 1985.
Apesar de ser alvo de denúncias, Giroto deve caminhar para a disputa contra Vander Loubet (PT), Athayde Nery (PPS), Dagoberto Nogueira (PDT), Reinaldo Azambuja (PSDB), Alcides Bernal (PP) e Antonio João Hugo Rodrigues (PSD).
Destes seis nomes em potencial, ao menos três deles devem deixar suas pré-candidaturas para endossar as fileiras do PMDB rumo ao projeto hegemônico do partido, enquanto outros caminharão para o embate junto a legendas de oposição, que devem ser lideradas pelo PT.
PSDB, PP e PSD prometem ser uma terceira via ao eleitorado, que anda cansado da polarização do debate político entre os arquirrivais PT e PMDB, em Mato Grosso do Sul.
Desta forma, ao que tudo indica, as eleições municipais de Campo Grande caminham para uma decisão no segundo turno, destino previsto por muitos partidos que irão entrar ‘a ferro e fogo’ na disputa, visando acabar com do PMDB.
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