A cinco dias da posse e eleição da Mesa Diretora da Câmara, as conversas amistosas do chamado “Grupo dos 18” esbarraram na dificuldade de consenso por reunir integrantes de grupos opostos. De um lado o grupo do governador (PMDB), liderado pelo vereador Mário Cesar (PMDB), e do outro os vereadores que defendem uma Câmara sem interferências políticas e contribuindo para a governabilidade de Alcides Bernal (PP).

Em convenção do PMDB, realizada no dia 20 de dezembro, Puccinelli chamou Edil Albuquerque (PMDB) e Mário Cesar para conversar e foi enfático: “Vocês são os únicos que podem segurar o Bernal”. O recado foi claro e ficou demonstrado que, diferente do que dizia, Puccinelli tentaria sim prejudicar Bernal, elegendo alguém como testa de ferro na Casa.

O desgaste no Grupo dos 18 foi intensificado nos últimos dias, quando liderado por Mário Cesar e Airton Saraiva (DEM), os vereadores aprovaram várias emendas para dificultar a vida de Bernal na Câmara. A votação deixou claro o revanchismo eleitoral, criado pela derrota de Edson Giroto (PMDB) após 20 anos de hegemonia do PMDB em Campo Grande e decretou o racha do grupo.

O racha já era dado como certo por vereadores mais experientes, como Edil e Dr. Jamal (PR), que também disputam a presidência. Eles sempre disseram que era impossível conseguir consenso em um grupo com vários candidatos e defendendo lados opostos.

Além de Mário Cesar, o grupo dos 18 também tem como candidato o vereador Flávio Cesar (PTdoB), atual líder de Nelsinho Trad (PMDB) na Câmara, o vereador Paulo Pedra (PDT), a vereadora Rose Modesto (PSDB) e o vereador João Rocha (PSDB).