Bernal acredita em virada com a eleição de aliado para presidente da Câmara

Apesar de o grupo do vereador Márcio César (PMDB) afirmar contar com a maioria dos votos para eleger o presidente da Câmara Municipal, o prefeito eleito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), ainda acredita na virada com a eleição de um aliado para comandar o legislativo. “Até o dia primeiro, tudo pode acontecer e, até […]

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Apesar de o grupo do vereador Márcio César (PMDB) afirmar contar com a maioria dos votos para eleger o presidente da Câmara Municipal, o prefeito eleito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), ainda acredita na virada com a eleição de um aliado para comandar o legislativo.

“Até o dia primeiro, tudo pode acontecer e, até lá, vamos conversar, conversar e conversar em busca de apoiadores”, disse Bernal. Ele destacou ainda estar aberto para acolher outro nome, caso o da vereadora professora Rose Modesto (PSDB) não agregue a maioria.

A opção, segundo o futuro prefeito, seria a candidatura do vereador doutor Jamal (PR) a presidente. “Ainda acredito que o Paulo Siufi (PMDB), o Jamal e o Paulo Pedra (PDT) estão dentro deste grupo que, inicialmente, defendia a candidatura da Rose e que, agora, pode defender a candidatura de Jamal, caso tenha entendimento entre eles”, frisou.

Siufi, Jamal e Pedra realmente caminhavam do lado de Bernal, mas acabaram aderindo, de última hora, à candidatura de Mário César. “Não é possível que o homem público não tenha uma posição clara e perca a coerência por qualquer coisa”, comentou Bernal.

Siufi e Jamal mudaram de lado por não apoiar o nome de Rose para comandar o Legislativo. Pedra, por sua vez, se queixou da dificuldade em convencer o futuro prefeito a acolher pedidos de parlamentares em troca de apoio na eleição da Mesa Diretora.

Ao mesmo tempo, o grupo do governador André Puccinelli (PMDB) e do prefeito Nelsinho Trad (PMDB) estaria discutindo espaço político e projetos futuros com os vereadores. Siufi, inclusive, comentou que faltou “manejo” a Bernal nas articulações. Por outro lado, líderes do PMDB até de madrugada trabalharam atrás de votos.

Troco

Diante da participação efetiva de Puccinelli e Nelsinho nas negociações, Bernal está certo de que os caciques do PMDB tentam dar o “troco” da derrota nas urnas na eleição do novo comando da Câmara. Por isso, ele manifestou preocupação em ter dificuldades de aprovar projetos de interesse popular no Legislativo Municipal.

Como exemplo, Bernal elencou as últimas votações na Casa de Leis. Para ele, foi um erro aprovar a redução de 30% para 5% o percentual autorizado para a prefeitura efetuar créditos adicionais não previstos no orçamento.

O futuro prefeito avalia que a decisão atrasará o projeto de levar o desenvolvimento aos bairros, como prometeu no decorrer da campanha. Além disso, ele discorda do aumento de 31% do seu salário, que resulta no reajuste de mais de 50 cargos que tem a remuneração vinculada ao salário do chefe do Executivo.

“Estão querendo fazer uma disputa e dificultar a nossa atuação e isso é muito ruim para a sociedade porque pode atrasar o desenvolvimento de Campo Grande”, finalizou Bernal.

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