Após meses de disputa judicial, o PDT conseguiu realizar, nesta terça-feira (12), convenção para eleger executiva e direção em Mato Grosso do Sul. O ex-deputado federal Dagoberto Nogueira foi oficializado no comando do partido e garantiu que as divergências vêm de “gente que não tem nada a ver com o PDT”.

Em março, o advogado Paulo Dolzan (PDT) conseguiu por meio de liminar barrar a convenção estadual da legenda. Dia 24 de maio, o juiz da 2ª Vara Cível de Campo Grande, Marcelo Câmara Rasslan, extinguiu o processo. Dolzan recorreu da decisão, mas não obteve sucesso.

“Eles estão lá na campanha (a prefeito) do Reinaldo (Azambuja do PSDB), não tem nada a ver com o PDT, então, eles vão ficar atrapalhando”, disse Dagoberto sobre Dolzan. Na Capital, a sigla já antecipou apoio ao deputado federal Edson Giroto (PMDB) na disputa pela prefeitura. Dagoberto, inclusive, deve ser o vice do peemedebista.

Sobre falta de consenso e de democracia no partido, o presidente do PDT reforçou que apenas Dolzan “e mais um” tentam plantar a discórdia. “100% dos delegados assinaram a minha chapa”, destacou.

Dolzan, por sua vez, atesta que o deputado estadual Felipe Orro (PDT) também discorda com o modo que o partido está sendo dirigido. “O Felipe é o meu vice-presidente”, rebateu Dagoberto. “E se isso for verdade (que o parlamentar joga em dois lados), ele que dispute comigo. Eu não temo medo, até quis passar o comando para ele, mas a maioria dos municípios resistiu”, acrescentou.

Questionado sobre eventual divergência com Dagoberto, o deputado garantiu só querer a pacificação do PDT. “Temos que unir o partido, acertar todas as correntes”, defendeu. “O Dolzan quer ser candidato a vereador e o Dagoberto deve dar a legenda para ele e aparar todas as arestas”, finalizou.