Após aumentar salários em 63%, vereadores aprovam rejuste de 22% a professores

Por unanimidade, a Câmara de Dourados aprovou na manhã desta segunda-feira (9), em regime de urgência, o projeto de lei que estabelece o novo piso salarial dos professores da rede municipal de ensino. Com a medida, os educadores terão um reajuste de 22,22% no pagamento.  O valor é bem inferior ao aumento salarial de 63% […]

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Por unanimidade, a Câmara de Dourados aprovou na manhã desta segunda-feira (9), em regime de urgência, o projeto de lei que estabelece o novo piso salarial dos professores da rede municipal de ensino. Com a medida, os educadores terão um reajuste de 22,22% no pagamento. 

O valor é bem inferior ao aumento salarial de 63% que será concedido aos 19 vereadores da próxima legislatura. No último dia 26, dez dos 12 parlamentares da Câmara de Dourados aprovaram o acréscimo de R$ 6.129 para R$ 10 mil. Elias Ishy (PT) e Cido Medeiros (DEM) votaram contra a proposta. 

O novo piso salarial dos professores douradenses prevê um aumento de R$ 1.187 para R$ 1.451 por quarenta horas semanais trabalhadas no nível médio. Com a medida aprovada pelos vereadores, Dourados deixa a lista de municípios que pagam abaixo do piso nacional estabelecido pelo Governo Federal através da lei 11.738.

Para o presidente do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados), professor João Vanderley Azevedo, o reajuste salarial da categoria foi “apertado” e não correspondeu às expectativas da classe. “Não temos muito que comemorar”, afirmou.

Uma das queixas do dirigente sindical é sobre o setor administrativo das unidades escolares, que não será contemplado pelo projeto de lei. Azevedo também se queixou da redução do valor adicional de incentivo ao magistério dos docentes que caiu de 26% para 20%. 

Entre as dificuldades encontradas pela categoria na negociação, o presidente do Simted destacou o fim do prazo para a votação de projetos de lei sobre reajuste salarial, previsto na legislação eleitoral. “No geral não chegamos onde queríamos. Fomos degolados pela Lei Eleitoral”, declarou. 

Para o vereador Elias Ishy, que afirmou estar constrangido em votar a medida sem análise, a ausência de contrapropostas por parte do Executivo municipal pode ter sido proposital. “É um desrespeito trazer o projeto dessa forma […] Talvez tenha havido uma tática da prefeitura de deixar tudo para a última hora”, insinuou.

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