Antes de votar, Puccinelli ignora flagrante de suposta compra de votos e ataca rival

O governador ainda ridicularizou a compra de voto “fiado”. “Quem acredita nisso?”, questionou. “Mercado futuro é interessante”, emendou rindo, enquanto se dirigia à urna ao lado de Dagoberto, Giroto e Nelsinho

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O governador ainda ridicularizou a compra de voto “fiado”. “Quem acredita nisso?”, questionou. “Mercado futuro é interessante”, emendou rindo, enquanto se dirigia à urna ao lado de Dagoberto, Giroto e Nelsinho

Depois de votar neste domingo (28), o governador André Puccinelli (PMDB) ignorou flagrante de suposta compra de voto “fiado” por ex-investigadora da polícia a mando da coordenação da campanha de Edson Giroto (PMDB).

Indagado sobre o caso, ele não comentou e aproveitou para tentar reverter a situação com acusação contra os rivais. “Tenho quatro episódios documentados do adversário”, disse, sem comentar sobre o vídeo postado no Youtube e enviado por eleitor ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para investigação.

Em tom irônico, Puccinelli ainda ridicularizou a compra de voto “fiado”. “Quem acredita nisso?”, questionou. “Mercado futuro é interessante”, emendou rindo.

A Justiça Eleitoral, por sua vez, informou que desde quarta-feira (24) a grande maioria das denúncias trata da compra de voto “fiado”, com promessas de pagamento de R$ 50 a R$ 200 apenas se o candidato vencer a eleição. Ontem, somente em sete horas, 26 denúncias chegaram ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) também minimizou as denúncias de compra de voto “fiado”. “No meu ouvido não chegou nada”, disse. “Toda eleição tem denúncia e o eleitor deve ficar atento”, completou. 

Número cabalístico

Sobre as pesquisas que apontam vitória folgada de Alcides Bernal (PP), Puccinelli demonstrou otimismo e apostou na vitória de Edson Giroto (PMDB) com vantagem de 411 votos, fazendo menção a eleição de 1996. “O número é cabalístico”, comentou. Giroto repetiu o mesmo discurso.

O governador ainda afastou responsabilidade sua sobre eventual derrota do correligionário em Campo Grande. “Acho que todos nós somos responsáveis”, afirmou.

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Agência Brasil
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