Ação contra aumento salarial dos vereadores de Campo Grande se espalha pelo País
O movimento começou na Capital sul-mato-grossense e ganhou a adesão de eleitores de Campinas, Fortaleza, Salvador e Sertaozinho
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O movimento começou na Capital sul-mato-grossense e ganhou a adesão de eleitores de Campinas, Fortaleza, Salvador e Sertaozinho
Liderado por oito pessoas, o “Movimento Voluntário” criado na rede social Facebook se espalhou nacionalmente. Seguindo o exemplo do protesto campo-grandense, cidadãos de outras cidades brasileiras estão se mobilizando contra o aumento do salário dos vereadores. Em 10 dias, a ação alcançou milhares de adeptos na rede social e mais de 15 mil compartilhamentos.
Integrante do movimento informou que a ação começou quando o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Paulo Siufi (PMDB), declarou em entrevista ao Midiamax, que os vereadores devem aprovar reajuste salarial até o final de dezembro.
“A partir daí nos organizamos contra esse aumento. Várias cidades já aderiram a movimentos idênticos e já estão alcançando os objetivos”, informou um dos representantes do grupo que não quis se identificar.
Cidades como Campinas/SP, Sertãozinho/SP, Fortaleza/CE e Salvador/BA são algumas que já começaram ações contra reajuste salarial de vereadores. “Em Campinas os vereadores aprovaram o reajuste, mas a população viu nossa ação, se inspirou, lutou contra o aumento e conseguiram que o projeto não fosse adiante”, apontou um integrante do Movimento Voluntário.
Os vereadores de Campo Grande votarão pela aprovação do teto máximo permitido pela Constituição Federal, que é de 75% do salário de um deputado estadual. Atualmente, os deputados estaduais recebem mensalmente R$ 20 mil.
Indignados contra esse teto máximo, o grupo apresentou requerimento na Casa de Leis solicitando a informação da data e do dia dessa votação. Eles reuniram mais de 2.500 membros na luta contra o reajuste.
Na praça
Neste sábado (10), o grupo do movimento esteve na Praça Ary Coelho com objetivo de alertar a população e angariar assinaturas para o abaixo assinado que apresentarão no dia da votação. “Vamos ocupar todos os lugares daquela Casa de Leis. Sabemos que temos voz, mas temos que usá-la e lutar pelos nossos direitos e contra esse tipo de abuso dos nossos políticos”, destacou uma representante.
Com o reajuste de 66%, os vereadores deixarão de ganhar R$ 9 mil para receber um salário de R$ 15 mil. O reajuste dos vereadores será nove vezes maior do que o anunciado para o trabalhador comum, que deve ter reajuste de 7% em 2013, quando o salário mínimo deve sair de R$ 622 para 667,75.
A Câmara atualmente conta com 21 vereadores exercendo mandato. Em 2013, a população será representada por 29 parlamentares e com o reajuste, o subsídio deve saltar de R$ 9,2 mil para mais de R$ 15 mil.
“Eles querem o teto máximo. Isso é injusto. Eles tão legislando em causa própria. O salário deles deve ser de zero a 75% de um deputado estadual e, no entanto, eles querem o máximo”, apontou uma integrante. “Temos conhecimento jurídico, os vereadores não têm a obrigação de chegar aos 75% permitido ou muito menos de votar por algum reajuste, se quisessem e realmente representassem o povo, eles ficariam com o salário que estão”, finalizou.
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