A aliados, Puccinelli admite aliança com Delcídio na eleição para o Governo do Estado

A derrota do PMDB em Campo Grande, na vitória de Alcides Bernal (PP) sobre Edson Giroto (PMDB), fez o governador André Puccinelli (PMDB) ficar ainda mais cauteloso na definição do futuro eleitoral dele e do próprio partido. O medo é tão grande que o governador, sempre palpiteiro, está evitando direcionar até mesmo os aliados.

Consultado sobre decisões a serem tomadas agora, com a administração de Alcides Bernal, Puccinelli se mostra totalmente confuso. “Pode ser a Simone (vice-governadora Simone Tebet-PMDB), o Nelsinho (prefeito Nelsinho Trad-PMDB) ou a gente pode compor com o Delcídio (senador Delcídio Amaral (PT). Nem eu sei”, confidenciou Puccinelli ao vereador Edson Shimabukuro (PTB).

Lideranças do PMDB já admitiram que as chances do partido em 2014 dependem muito do desempenho do prefeito eleito, Alcides Bernal, em Campo Grande. Isso porque Bernal foi eleito como opção para mudar e um mau desempenho da oposição seria motivo para dizer que o governo anterior era o certo para a Capital e, consequentemente, para o Estado, já que Delcídio Amaral apostou as fichas em Alcides Bernal.

Na eleição do diretório estadual do PMDB, no dia 20 de dezembro, Puccinelli já demonstrava que Delcídio colocava em dúvida suas pretensões para 2014. Ele fez uma lista com os nomes de Delcídio, Simone e Nelsinho e pediu para alguns repórteres escolherem o candidato. Puccinelli viu Simone ganhar três votos, contra nenhum para os outros. Após isso, foi desafiado a votar e colocou um ponto de interrogação nos três nomes, incluindo o do senador Delcídio. Questionado sobre a indefinição até no nome do senador, Puccinelli sorriu e marcou outros três sinais de interrogação.

Puccinelli já tentou uma composição com Delcídio em 2010, em uma dobradinha que teria ele como governador e Waldemir Moka (PMDB) e Delcídio disputando o Senado, mas foi barrado por Zeca do PT, que se recusou a aliar-se ao tradicional rival e disputou o Governo.

Em 2014 a aliança entre PMDB e PT ganha força diante das mudanças de pensamento até dos que já foram mais resistentes. Recentemente Zeca declarou que não aceita aliança entre PT e PSDB no Estado. Ele prefere compor com o PMDB em 2014 a fazer uma aliança com o PSDB, adversário direto de Dilma Roosseff (PT) na disputa pela presidência da República.