Puccinelli sugere calote para resolver problemas na saúde pública do Estado

O governador André Puccinelli (PMDB) sugeriu calote para resolver os problemas da saúde publica no país. Durante assinatura de um termo de cooperação entre a Fundação Serviços de Saúde (Funsau) e a Secretaria de Estado de Administração (SAD) na manhã desta terça-feira (25) no Hospital Regional Rosa Pedrossian, Puccinelli afirmou que o SUS (Sistema Único […]

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O governador André Puccinelli (PMDB) sugeriu calote para resolver os problemas da saúde publica no país. Durante assinatura de um termo de cooperação entre a Fundação Serviços de Saúde (Funsau) e a Secretaria de Estado de Administração (SAD) na manhã desta terça-feira (25) no Hospital Regional Rosa Pedrossian, Puccinelli afirmou que o SUS (Sistema Único de Saúde) é o melhor programa que existe, no papel.

Segundo ele, apesar do programa ter sido concebido de forma ideal não funciona porque não há recursos o suficiente. “Estamos longe de atender o ideal”, afirmou Puccinelli.

Para o governador, uma forma de resolver os problemas da saúde seria o Estado não repassar os valores da dívida com a União. Segundo Puccinelli, no ano passado o Mato Grosso do Sul pagou R$ 639 milhões de juros de dívida. “Se esse dinheiro fosse usado na saúde muita coisa poderia ser feita”, disse.

O governador ainda disse que falta vontade política do governo federal para que se chegue a uma solução. Segundo ele, a Emenda 29 não foi aprovada e não será aprovada porque o governo federal não quer ter variação no PIB (Produto Interno Bruto).

As declarações do governador acontecem no mesmo dia em que médicos protestam em todo País contra precariedade e baixa remuneração do SUS (Sistema Único de Saúde).

CES

O presidente do Conselho Estadual de Saúde, Florêncio Garcia Escobar, concorda que o Estado paga muito em dívida. Segundo ele, Mato Grosso do Sul usa 15% da arrecadação para pagamento da dívida e 8,3% na saúde.

Florêncio disse que dos R$ 639 milhões usados no ano passado para o pagamento da dívida, R$ 214 milhões deixaram de ser aplicados na saúde. Ele explica que o Conselho chegou a esse valor depois de análises feitas no balancete anual de gastos do governo.

Escobar não concorda com esse percentual e afirma que o justo seria que todas as secretarias tivessem percentuais iguais.

“Hoje a saúde paga mais que um terço da dívida sozinha. Enquanto tem um monte de secretaria com mais recurso que paga menos. A nossa briga é essa, que o valor da saúde seja reduzido, até acabar”.

O presidente do conselho ainda reclamou que hoje a legislação é muito vaga e que muitos valores que deveriam ser declarados em outras pastas são declarados na saúde para cumprir o percentual. “É preciso regularizar a legislação”.

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