Petista que torce por aliança com Puccinelli age como ‘mulher de malandro’, diz deputado

Pedro Kemp e Paulo Duarte acham impossível PT se unir ao PMDB nas eleições municipais: “o governador é um autoritário, apenas”, disparam os petistas

A ideia de juntar numa chapa só o PMDB do governador André Puccinelli e o PT do ex-governador Zeca, em nada agradou os deputados estaduais Pedro Kemp e Paulo Duarte. Já do lado dos parlamentares peemedebistas, a estratégia, para alguns, não sofreria resistência alguma.

A possibilidade de o PMDB disputar as eleições municipais ano que vem foi noticiada na edição desta quarta-feira do Correio do Estado. “Eles [petistas] continuam me namorando”, disse Puccinelli ao jornal.

Para Kemp, Puccinelli “não afinidade política nenhuma com PT”. O deputado acha o governador um “autoritário e não costuma trabalhar planos de inclusão social”.

“A eleição do ano passado é um exemplo da falta de afinidade política de Puccinelli com o PT. A presidente Dilma veio aqui e não subiu no palanque dele. E, no resto do país, isso aconteceu sem problemas [presidente participou de comícios ao lado de petistas e peemedebistas que eram adversários]”, disse Kemp.

Paulo Duarte pensa assim: “petista que pensa em se unir a Puccinelli é uma caso que pode ser chamado de ‘mulher de malandro”.

O deputado disse ser contrário ao pacto “porque o governador desrespeita os petistas”. “E mais: falar nisso agora é por o carro na frente dos bois, nem temos candidatos ainda”, fechou o assunto o petista.

Já os deputados Eduardo Rocha e Júnior Mochi, líder e vice-líder do governo na Assembleia Legislativa discordam da dupla petista. Eles concordam com a aliança. Disseram, inclusive, que sempre mantiveram “boas relações políticas” com o PT.

Fábio Trad, deputado federal do PMDB, alimenta um raciocínio parecido ao de Duarte e Kemp. Ele admite que a união PMDB-PT dá certo na esfera federal, mas aqui em MS essa aliança seria “improvável, impossível”.