Irineu Maciel, um dos acusados de assassinar o vereador de Alcinópolis Carlos Carneiro, confessou que ligou duas vezes para o parlamentar antes do fato. Segundo Irineu, ele fingiu ser um empresário querendo abrir um frigorífico em Alcinópolis.

As ligações foram feitas com intenção de “atrair” Carneiro para a frente do hotel, onde acabou assassinado.

Ele, e outro acusado Valdemir Vansan, prestam depoimento à Justiça, em Campo Grande, numa audiência que ocorre no início da noite desta quinta-feira, na 2ª Vara do tribunal do Júri. A família do vereador assassinado comparece no local.

O pedreiro Ireneu Maciel seria o atirador. Seu colega também pedreiro Aparecido Souza Fernandes, que pilotava uma motocicleta também foi preso. Depois de detidos apontaram Valdemir Vansan, cunhado de Ireneu, como o contratante do crime. O trio está detido desde o dia do assassinato.

Vansan e Souza Fernandes negam participação na trama. Já Ireneu confessa que recebeu dinheiro para matar o vereador, mas sustenta que não sabe quem seria o mandante do crime.

O crime

Carlos Antônio Carneiro foi morto por volta das 13 horas do dia 26 de outubro, em frente ao hotel Vale Verde. Ele foi atingido por tiros e morreu no local.

Segundo a polícia, dois agentes da DGPC (Delegacia Geral De Polícia Civil) perceberam a movimentação do pistoleiro Ireneu Maciel, conhecido como Vaca Magra, e o seguiram. Ele foi preso com o comparsa Aparecido de Souza Fernandes, que pilotava a motocicleta que daria fuga à dupla. Fernandes disse em depoimento que não sabia que o colega era pistoleiro e que ia matar o vereador.

Ao que tudo indica o vereador foi vítima de uma emboscada. Ele chegou no hotel e disse na recepção que alguém (nome não revelado) o esperava para almoçar.

Carlos Antônio foi informado que no local que ninguém o aguardava e que ali não servia almoço. Ao sair do local ele recebeu uma ligação no celular e instante depois foi morto ainda em frente do hotel.