Ong repudia atitude de vereador contra jornalista em Porto Murtinho
A Ong Bem Mulher/MS publicou nota de repúdio às agressões verbais e morais supostamente feitas pelo vereador de Porto Murtinho e radialista Edicarlos Lourenço (PR). A jornalista e ex-assessora de imprensa da prefeitura local, Débora Louise Gardin (26), registrou boletim de ocorrência por injúria e difamação alegando ter sido chamada de “sapatão sem vergonha, que […]
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A Ong Bem Mulher/MS publicou nota de repúdio às agressões verbais e morais supostamente feitas pelo vereador de Porto Murtinho e radialista Edicarlos Lourenço (PR). A jornalista e ex-assessora de imprensa da prefeitura local, Débora Louise Gardin (26), registrou boletim de ocorrência por injúria e difamação alegando ter sido chamada de “sapatão sem vergonha, que usa entorpecente e que pega as menininhas na calada da noite” em um programa de rádio na emissora FM Alto Paraguay – embora em um trecho de gravação feita em 21 de janeiro não haja citação expressa do nome da jornalista.
No texto, a diretoria da entidade chama a atenção para a existência de preconceito e intolerância na sociedade atual, apesar das contínuas conquistas do movimento LGBT no Brasil e em diversos países.
“Piadas, apelidos, gestos, desprezo, afastamento, agressões físicas e assassinatos são expressões de violência recorrentes contra a população LGBT. Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais sofrem um processo complexo e perverso de inferiorização e de ameaça ao direito fundamental à vida”, informa a nota.
A ONG apresenta ainda resultados de várias pesquisas sobre crimes praticados contra a comunidade LGBT. Estudos do Grupo Gay da Bahia (GGB) apontam que nos últimos 20 anos 2403 LGBTs foram assassinados no Brasil vítimas de crimes de ódio, sendo 69% de gays, 29% de transgêneros e 2% de lésbicas. Trata-se de uma média de 1 assassinato a cada três dias.
Já a pesquisa “Juventude e Sexualidade”, publicada pela UNESCO em 2004 e que entrevistou 16 mil alunos e alunas de 241 escolas brasileiras, revelou que 27% deles não gostariam de ter homossexuais como colegas de classe. Ainda, 15% dos alunos e alunas consideravam a homossexualidade como doença.
Em outro estudo realizado pela Fundação Perseu Abramo, 52% da população considera que casais homoafetivos não deveriam “andar abraçados ou ficarem se beijando em lugares públicos” e apenas 20% discordam totalmente.
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