Na última quinta-feira (16), tudo levava a crer que o governo teria dificuldade em aprovar o projeto de lei que dá R$ 420 milhões ao estádio do Corinthians em incentivos fiscais. Porém, o panorama agora mudou.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o prefeito Gilberto Kassab, em decreto, liberou R$ 50 milhões em emendas aos parlamentares, que, com essa decisão, ganham impulso para votar o projeto de lei que beneficia a construção do estádio corintiano.

City Tour ‘ganha’ vereadores

Deu certo, portanto, o cerco da diretoria alvinegra, que fez de tudo para convencer os vereadores da necessidade da verba da prefeitura ser investida no palco, que será particular.

Na última sexta-feira (17), o ônibus do Corinthians foi buscar vereadores e assessores às 9h na Câmara Municipal, para levá-los a Itaquera, onde um café da manhã os esperava.

Adeus de Ronaldo no Timão pode ter Zidane

O mestre de cerimônias, é claro, foi o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, que foi solícito quando ouviu diversos pedidos para tirar fotos com os convidados.

Agora, a proposta que livra o Alvinegro de pagar ISS e IPTU durante a obra precisa ser votada por duas vezes em plenário até o dia 28 de junho. Caso isso não ocorra, a votação só será discutida a partir de agosto, já que a Casa estará em recesso no mês de julho.

O Fielzão, como já é chamado o estádio corintiano, luta para receber a abertura da Copa do Mundo de 2014. Pela demora no começo das obras, o palco já foi vetado da Copa das Confederações, que acontecerá em 2013.

Em um único dia, Gilberto Kassab liberou o dobro de emendas em relação a janeiro e junho deste ano, tudo para favorecer as obras do Fielzão. De acordo com a sua assessoria, “a liberação das emendas agora segue o cronograma de execução fiscal do orçamento e não tem relação com qualquer votação no Legislativo”.

O fato, porém, não agradou em nada à oposição. Adilson Amadeu, do PTB, foi um dos que levantou a voz de forma contrária.

– O prefeito está igual a um trator por causa do projeto do Corinthians. Eu vou votar contra de qualquer jeito. Sou corintiano, mas acho injusta uma isenção desse porte para um único clube.