Ex-vereador envolvido na Uragano declara pobreza para cobrar ex-assessor na justiça

Na mesma ação, o ex-vereador declara que mora numa casa própria localizada no Portal de Dourados, o bairro mais nobre da cidade. Segundo ele, todos os bens estão indisponíveis após três operações policiais seguidas em que se envolveu.

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Na mesma ação, o ex-vereador declara que mora numa casa própria localizada no Portal de Dourados, o bairro mais nobre da cidade. Segundo ele, todos os bens estão indisponíveis após três operações policiais seguidas em que se envolveu.

O ex-vereador Humberto Teixeira Junior, que está preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Dourados desde o último dia 29 de abril por envolvimento na Máfia dos Consignados, entrou com uma ação na Justiça contra Edmar Reiz Belo, ex-assessor de Sidlei Alves, que também está preso pelo mesmo motivo.

Junior Teixeira, como é conhecido, assinou uma declaração de “insuficiência econômica” para se beneficiar da gratuidade da Justiça no processo que move contra Edmar na tentativa de receber os créditos de um cheque no valor de R$ 28.700,00 do Banco HSBC, emitido pelo ex-assessor de Sidlei.

Teixeira declara “que é pobre na forma da lei, não podendo demandar perante a justiça sem o prejuízo de seu sustento e de sua família”. Na mesma ação o ex-vereador diz que mora numa casa de sua propriedade localizada no Portal de Dourados, o bairro mais nobre da cidade ao mesmo tempo em que anexa documentos que compraram que seus bens foram indisponibilizados pela justiça por causa do seu indiciamento nas Operações Uragano e Owari e por último na Operação Câmara Secreta resultante das investigações sobre a máfia dos consignados.

Na ação, o advogado Anderson Fabiano Pretti contratado por Junior Teixeira afirma que seu cliente recebeu um cheque no valor de R$ 28.700,00 emitido por Edmar Reis Belo em 20 de agosto de 2010 pós-datado para oito de dezembro do mesmo ano como pagamento de uma dívida.

Junior repassou o cheque para o Auto Posto Catalão para pagar uma dívida que possui no estabelecimento já que sua família comprava “fiado” mediante assinatura de nota. O cheque foi depositado na data combinada mas foi devolvido por insuficiência de saldo na conta de Edmar.

Pelos cálculos feitos pelo advogado Anderson Pretti a dívida de Edmar Belo com o ex-vereador já chega a R$ 30.979,33 por causa dos juros, correção monetária e honorários advocatícios.

EDMAR É URAGANO

Tal como Humberto Teixeira Junior e Sidlei Alves, o ex-assessor que reside no distrito de Vila Vargas às margens da BR 163 também foi indiciado na Operação Uragano que mandou para cadeia vereadores, prefeito, vice-prefeito, secretários municipais, empresários e servidores públicos.

Conforme consta na Decisão Interlocutória da Operação Uragano proferida pelo juiz da quarta Vara Cível Carlos Alberto Rezende Gonçalves, Edmar Belo era assessor do ex-vereador Sidlei Alves. Conforme o despacho do magistrado “por diversas oportunidades o vereador Sidlei Alves com a ajuda de seus assessores Edmar Reis Belo, Fábio Andrade leite e Valmir Silva, exigiu e obteve para sai a importância de, no mínimo R$ 107 mil, incidindo na prática de atos de improbidade administrativa que importaram enriquecimento ilícito”.

Consta no processo da Uragano que Edmar Belo “foi gravado recebendo propina no valor de R$ 11 mil para ser entregue a Sidlei”. Em outra oportunidade Sidlei, conforme o processo, “foi gravado recebendo propina no valor de R$ 34 mil em cheque que fora recebido do Hospital Evangélico”.

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