Ex-assessor de vereador da Capital consegue habeas corpus, mas permanece na cadeia

Celso Costa atuava como assessor parlamentar do vereador Vanderlei Cabelulo e foi detido após ser acusado de tentar extorquir o ex-patrão. Antes, ele denunciou um suposto esquema de fraude na distribuição de casas populares. O TJ mandou soltá-lo, mas há outro mandado de prisão contra ele

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Celso Costa atuava como assessor parlamentar do vereador Vanderlei Cabelulo e foi detido após ser acusado de tentar extorquir o ex-patrão. Antes, ele denunciou um suposto esquema de fraude na distribuição de casas populares. O TJ mandou soltá-lo, mas há outro mandado de prisão contra ele

O ex-assessor parlamentar da Câmara dos Vereadores de Campo Grande, Celso Roberto Costa, conhecido como “Mário Covas”, teve o pedido de HC (habeas corpus) aceito após o processo ser levado a recurso e julgado pelo desembargador Manoel Mendes Carli, da 2ª Turma Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Nos autos consta que a decisão em deferir o pedido foi aceita por unanimidade esta semana. Porém, ele continua detido e foi transferido do Presídio de Trânsito para o de Segurança Máxima. Costa foi detido um dia após denunciar um suposto esquema de favorecimento na distribuição de casas populares na Capital.

No dia 2 de junho, o processo foi distribuído para a 2ª Turma, que chegou a ser negado o HC, após seis dias de análise. E no dia 4 deste mês, foi novamente examinado e acatado.

No mesmo dia foi expedido o alvará de soltura e encaminhado a Coordenadoria de Acórdãos, que devolveu o procedimento assinado à Coordenadoria de Atendimento ao Público na última quarta-feira (06).

“Mário Covas” continua detido porque na semana que anteceu o HC houve um novo pedido de prisão preventiva. Ele está detido no Presídio de Segurança Máxima, conforme seu advogado Mauro Sandress, que na tarde desta quinta-feira afirma que vai pedir “papelada” para saber o que houve e tentar reverter a situação de seu cliente.

Celso Roberto é citado em dois processos, sendo por extorsão e ameaça, que está em tramitação no Fórum de Campo Grande sendo, na 2ª Vara Criminal e 2ª Vara do Juizado Especial Central, e por conta disso estava detido desde o início de maio.

Na época, ele trabalhava como assessor do vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB), e fez denúncias de um suposto esquema de vendas de casas populares que funcionaria no gabinete do parlamentar e acabou preso desde o início de maio, quando ocorreu um flagrante de tentativa de extorsão.

O conteúdo do vídeo mostra que no gabinete do vereador funcionaria um esquema fraudulento de distribuição de casas populares, construídas com recursos públicos. Depois da publicação, Celso foi levado para a delegacia, onde prestou depoimento, sendo preso no dia seguinte pela acusação de ter supostamente tentado extorquir o parlamentar.

A alegação é que, o ex-assessor teria exigido dinheiro do ex-patrão e, em troca disso, retiraria a denúncia que teria revelado à reportagem e à polícia, que é mantida em sigilo.

Em vídeos que chegaram a ser veiculados pela internet, Celso envolveu ainda o secretário de estado Osmar Jerônimo em comentários de cunho pessoal.

Vanderli Cabeludo nega a acusação.

 

Conteúdos relacionados